Mário Soares
"O maior problema é o Estado ficar sem dinheiro para pagar às pessoas"
13 Dezembro 2010 | 08:17
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
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Em entrevista ao "i", ex-Presidente da República defende que Sócrates e Zapatero devem juntar-se e erguer a voz contra Merkel e Sarkozy.
“O problema mais grave consiste em o Estado ficar sem meios para pagar às pessoas. O desemprego, o aumento da pobreza, as desigualdades sociais, cairmos em recessão”. A advertência é do antigo presidente da República que acusa a Europa de não ter um plano concertado para fazer face à crise, nem dirigentes capazes de responder aos desafios que têm em mãos.
“Na sua maioria, resvalam para o nacionalismo e esquecem o projecto europeu, a solidariedade e a unidade entre os Estados-membros, como ensinaram os grandes Pais Fundadores”, protesta.
O dedo mais acusador de Mário Soares é apontado à chanceler alemã Angela Merkel e ao Presidente Sarkozy. “ Olham só para a moeda única - o euro - e não para o risco da recessão que aí vem (…) Merkel e Sarkozy pensam apenas nos seus Estados e não no projecto europeu. É um erro colossal que lhes vai - e nos vai, a nós - sair muito caro”, antecipa.
Portugal e a Espanha devem fazer ouvir a sua voz na União, defende. “A Península Ibérica, no seu conjunto - com os falantes lusos e hispânicos - representam mais de um décimo da Humanidade. Não podemos deixar-nos dominar por uma senhora Merkel ou por um senhor Sarkozy, que estão em matéria europeia a perder o norte, como escreveram Helmut Schmidt e Jacques Delors, em entrevistas recentes”.
Menos mal que Portugal hoje não está isolado, acrescenta. “Teve propostas muito interessantes, da China, que se manifestou disposta a comprar uma parte da nossa dívida, o pequeno Timor (que tem petróleo) e também a generosa proposta do Presidente Lula, que já foi corroborada pela nova Presidente Dilma”. Em sua opinião, “são sinais importantíssimos, que valem bem mais do que os dislates das empresas de rating ou os comentários dos economicistas que temem os mercados desregulados, e só pensam no lucro pelo lucro”.
Não obstante o grau das dificuldades, Soares mantém-se moderadamente optimista. Lembra que já atravessámos muitas crises e que “vencemo-las sempre, melhor ou pior”. “Talvez esta seja a mais grave, é certo”, concede, porque antes “tínhamos mais armas”, designadamente uma moeda autónoma. “Contudo, desvalorizando a moeda, destruíamos a riqueza das pessoas. Agora não podemos fazer isso. O que, para quem nos governa, é pior”.
Diz ainda que, ao contrário do que alguns jornais escrevem, Portugal não está a ser “tão pressionado como dizem” para aceitar uma intervenção do FMI. “Acho que, quem vive das especulações, gosta que se diga isso, para ver se pega. Mas ainda não pegou. Também se o Fundo Monetário Internacional vier um dia a Portugal não é morte de ninguém. Haverá mais medidas a tomar - obviamente duras e impopulares - se as que estão anunciadas não forem aplicadas. De qualquer forma o problema irá resolver-se, se a moeda única não entrar em colapso e a União não se desintegrar”.
ESTE EMÉRITO DESCOLONIZADOR ESTÁ PREOCUPADO COM O REVIRALHO.VER A SUA OBRA IR PELO CANO DE ESGOTO.O SEU PORTUGAL MULTICULTURAL RESULTANTE DA NOSSA COLONIZAÇÃO.CENTENAS DE MILHAR DE GAJOS, SEM SEREM PRECISOS PARA NADA, A VIVER POR CONTA COM TODOS OS DIREITOS...
ESTE AFRICANIZADOR COM DIREITOS AINDA VAI TER UM ENFARTE AO VER AS CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS... A NÃO SER QUE VENHA COM A ADESÃO À UNIÃO AFRICANA ONDE TEMOS TANTOS AMIGOS...E COMPATRIOTAS!!!
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