"Para me proteger ando com arma e mais de quarenta balas"
00h30m
A caminho de uma feira da zona norte do país, N., ourives, explicou, ontem, ao JN, que anda fortemente armado para tentar resistir aos potenciais assaltantes. Já tinha tomado a decisão mesmo antes de ter sido assaltado, nos últimos tempos, por 4 ou 6 assaltantes (admite não saber ao certo quantos eram) , que surgiram em duas viaturas e actuaram com extrema violência.
"Parece que vivo num cenário de guerra", afirma, N., ourives há 18 anos e que se assume resistente no negócio mas "traumatizado e com muito medo".
"De manhã, antes de sair de casa, faço uma ronda em redor da minha residência", explica, referindo as cautelas que toma antes de ir para as feiras vender ouro. "Depois, a minha mulher ou algum meu familiar faz outra ronda, enquanto meto o material na carrinha. Quando vejo que não há ninguém suspeito é que saio da garagem", explica. Porém, nem mesmo apesar dessas cautelas conseguiu evitar ser roubado.
"Os assaltantes parecem militares e andam fortemente armados. Dizem-me que, além de caçadeiras, também usam metralhadoras, uma G3", refere N. "Perante tal armamento e profissionalismo dos assaltantes, não temos hipótese".
Aquele ourives admite que os homens que o assaltaram poderão ser os mesmos que tentaram roubar Maria de Fátima. "Vestem impecavelmente de negro, andam de coletes à prova de bala, parecem militares e actuam como autênticos profissionais, com um sangue-frio que amedronta", diz, perturbado com a violência com que o atacaram. "São muito violentos e atiram a matar".
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