GangGang espalhou o pânico na Linha de Sintra
2007/10/01 | 18:24Marta Belchior
«Mais de 30 vândalos» apedrejaram carruagens e ameaçaram revisor
«Mais de 30 vândalos» invadiram domingo, por volta das 7:10 da manhã, o comboio da Linha de Sintra, informou ao PortugalDiário fonte policial. Os arruaceiros foram apanhados sem bilhete e apedrejaram carruagens enquanto fugiam. O revisor de serviço foi ameaçado com uma faca, que lhe foi apontada ao peito, e o pânico instalou-se na estação da Amadora, adianta o Correio da Manhã (CM).
O primeiro comboio parte de Lisboa às 6:00, e neste domingo levava um grupo da zona de Rio de Mouro, escreve o CM. «Passaram a viagem a cantar e a provocar distúrbios, incomodando toda a gente», confirmou fonte policial.
Quando o comboio parou na estação da Amadora e entrou um grupo de revisores, era vê-los a «tentar sair à pressa, com insultos e empurrões pelo meio. E os dois agentes da PSP presentes na carruagem foram impotentes para suster a força de 30 homens em fuga», referiu a mesma fonte.
Assim que conseguiram escapar, os membros do bando começaram a apedrejar a carruagem com pedras que apanhavam na linha dos comboios e instalaram o «pânico» entre as dezenas de passageiros presentes no comboio.
Bandos deste tamanho «infelizmente, estão dentro da média aos fins-de-semana», lamentou um polícia. «Mas já não se assistia ali a esta violência há algum tempo. As pessoas dentro do comboio tiveram de se baixar para fugir às pedras», sublinhou.
O comboio seguiu viagem, mas enquanto alguns elementos do bando se foram embora a pé, outros ficaram à espera do «comboio seguinte», apesar de terem a PSP do Monte Abraão já à sua espera.
Cenas de violência repetiram-se
As cenas de violência repetiram-se e desta vez também os polícias foram atingidos com pedras. Houve ainda um revisor dos Comboios de Portugal (CP) que «mal se aproximou de um dos elementos, foi logo afastado pela lâmina de uma navalha encostada ao peito», contou uma das testemunhas, lê-se no CM.
O grupo só dispersou quando um agente deu dois tiros para o ar.
Aumento da criminalidade «é falso»
Contactada pelo PortugalDiário, a porta-voz do comando metropolitano de Lisboa da PSP, a sub-comissária Paula Monteiro, desmentiu a informação avançada no Correio da Manhã de que a criminalidade se tem vindo a acentuar na Linha de Sintra. «É falso», afirmou Paula Monteiro.
«De acordo com os nossos dados, entre Janeiro e Agosto de 2006 registaram-se 164 crimes. No mesmo período de 2007, registaram-se 143 crimes. Isto significa que a criminalidade da Linha de Sintra diminuiu 13 por cento», avançou a sub-comissária ao PDiário.
Do incidente, «resultou uma detenção», informou. «O detido foi notificado para comparecer ao Tribunal de Pequena Instância Criminal», segundo fonte policial, mas acabou libertado, escreve o CM.
Como combater criminalidade na Linha de Sintra?
O presidente da distrital de Lisboa da Associação Sócio-profissional da PSP, Nélson Brito, adiantou que «quem se dedica a estes furtos, quer a actuar em grupo, quer sozinhos, são jovens entre os 12 anos e os 18», avança a Lusa.
Para combater a criminalidade na linha de Sintra, Nelson Brito defende: «Ou se duplica o efectivo da esquadra, ou então, com o sacrifício dos elementos, que se aplique o sistema de remunerados».
O sindicalista aponta os remunerados como uma forma de «diminuir em 80 por cento a criminalidade na Linha de Sintra».
«Se existissem remunerados nas estações do Cacém, Reboleira, Entrecampos e Damaia, os revisores actuavam de outra maneira, por saberem que tinham apoio nestas estações, e nós, pessoal que está ao serviço, sabíamos que estavam lá colegas e se fosse preciso alguma coisa comunicávamos entre nós», sublinhou.
Para o agente, aliar este sistema a um melhoramento dos meios, fardas mais adequadas, computadores novos na esquadra e melhores sistemas de telecomunicações, permitiria um melhor desempenho da polícia e consequente diminuição da criminalidade na linha de Sintra.
ISTO SÓ SE RESOLVE DANDO CARTA BRANCA AOS POLICIAS, ARMAS E FARDAS DE COMBATE.E NA RETAGUARDA OS OUTROS SERVIÇOS DO ESTADO A DESPACHAR PARA AS ORIGENS OS CRIMINOSOS E DESORDEIROS, RETIRANDO-LHES A NACIONALIDADE INDEVIDAMENTE DADA E QUE SÓ NOS ENVERGONHA.
PS
E ACABAREM COM O MAIS INÚTIL DOS SERVIÇOS DO ESTADO: OS DO COMISSÁRIO!
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