Saturday, June 2, 2007

COMPLEXOS DE AFRICANIDADE

A BBC Brasil realizou um projeto chamado Raízes Afro-Brasileiras. Como parte do projeto, foram feitos exames de DNA para identificacao dos genes de famosos mulatos brasileiros (recuso-me terminantemente a utilizar o termo "negro" para definir os mulatos), tais como Seu Jorge, Milton Nascimento, Daiane dos Santos, Djavan, entre outros.

O projeto da BBC não deve ser por acaso, como quase nada nessa vida é por acaso. Discute-se muito atualmente no Brasil a questão "racial". Ora, as pessoas de bom senso sabem que houve uma miscigenação enorme no país desde a época colonial e que falar de raça é bobagem. Falar de cotas raciais então indica o cúmulo do absurdo. Mas os governantes petistas insistem em dividir o país - "dividir para conquistar" é um ditado antigo - entre brancos e negros, ricos e pobres, e por aí vai. Certamente no lugar de discutirmos cotas raciais deveríamos discutir cotas sociais - há pobres de todas as cores no Brasil.

Voltando ao tema da BBC, gostaria de expor aqui os absurdos ditos pelo Seu Jorge. Não apenas refletem o precário conhecimento que a maioria dos brasileiros têm de sua própria história, mas também o preconceito embutido. Vale lembrar que o tal Seu Jorge - eu confesso, nunca ouvi nenhuma música desse sujeito, já que não gosto do gênero Música Popular Brasileira - é muito aplaudido aqui no exterior. Tomem agora o besteirol de Seu Jorge, com comentários meus no meio:

"O músico carioca Seu Jorge tem 12,9% de genes europeus e 85,1% de genes africanos, indicam exames de DNA feitos a pedido da BBC Brasil como parte do projeto Raízes Afro-brasileiras."Tinha muita esperança de ser 100% negro. Se fosse, eu ia pedir uma indenização muito pesada nesse país, mas sou filho dos culpados também", disse o músico em entrevista na sua casa, em São Paulo, à BBC Brasil."

-> Ele quer pedir indenização? Indenização de quem? De algum tataraneto de português 100% branco que escravizou os tataravós dele? Não me faça rir, Seu Jorge, parece que está desistindo da carreira de músico para virar piadista!

"Apesar de não esconder uma certa decepção com seu recém-descoberto "lado europeu", Seu Jorge disse ter ficado feliz com o que chamou de resistência de antepassados africanos. "Miscigenação era barbárie. Não tinha isso de história de amor, era barbárie. Fico feliz em saber que parte da minha galera resistiu e compõe 85% dos meus genes", disse o músico.

Segundo o músico, era difícil ser negro na época em que milhões de africanos eram escravizados e continua a ser assim hoje."

-> Essa afirmação só denota que o sujeito pouco ou nada estudou. Esquece ele que os próprios africanos escravizaram outros para vendê-los aos traficantes de escravos - que aliás não eram apenas portugueses? Não sabia o tão aclamado músico que uma das primeiras coisas que negros recém alforriados faziam era comprar escravos negros para eles próprios? Ah Seu Jorge, eu não sabia que ainda existem africanos escravizados no Brasil, como você diz em sua última frase. Hoje, escravidão é crime; se você conhece algum negro escravo, deveria delatar o fato às autoridades, de forma que o escravizador vá para a cadeia.

"Tem que ser negro para saber o que é você entrar em um ônibus, como uma pessoal normal, e ver os passageiros saltando antes do ponto, escondendo relógio, ligando para a viatura. É uma agressão muito forte. É violento", contou.

-> Outra balela do Seu Jorge. Eu já andei de ônibus e nunca saltei antes do ponto porque um mulato entrou no veículo. Com quase 50% da população totalmente miscigenada, não acredito que as pessoas saltem do ônibus toda vez que um mulato entre lá dentro.

Para a informação de vocês, apenas 5% da população brasileira é composta de negros. Portanto, falar em negritude, mama África e balelas do gênero deve ser apenas para dar uma de coitadinho e fazer propaganda inútil, como esse coitado de músico aí.
postado por PATRICIA M. às 18:05 em 01/06/2007


Roubado no Blog

"Contatos Imediatos de Terceiro Grau "

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