A Polícia Judiciária (PJ) encontrou mais de seis mil recibos, a maioria falsificada e que totalizava mais de um milhão de euros na contabilidade do CDS-PP, quando investigou o chamado Caso ‘Portucale’.
Entre os nomes falsos utilizados pelos funcionários do partido (dois dos quais foram constituídos arguidos pelo crime de branqueamento de capitais) está o de Jacinto Leite Capelo Rego, um alegado benemérito que terá dado ao partido 600 euros.
Em relação ao timing do processo, muito contestado por Paulo Portas, o CM apurou que os investigadores tiveram de dar resposta a um requerimento de aceleração interposto por Abel Pinheiro, o homem das Finanças do CDS-PP que também foi constituído arguido.
A PJ aprofundou as investigações nos últimos dois meses, o que coincidiu com a queda da Câmara de Lisboa. O relatório, com mais de 300 páginas, foi entregue ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) sem qualquer indicação de acusação e com a referência de que a polícia não teve qualquer influência na condução da investigação.
Reina alguma perplexidade entre os investigadores sobre o facto de, sendo o despacho que autorizou o Grupo Espírito Santo (GES) a arrancar os sobreiros na Herdade da Vargem Fresca em Benavente assinado por três ministros, só um (Costa Neves à data ministro da Agricultura) tenha até ao momento sido constituído arguido.
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