Ia fugir para Brasil onde escondeu milhões de Belmiro de Azevedo
00h30m
nuno miguel maia
Um empresário apanhado no ano passado pela Polícia Judiciária por defraudar a Sonae, em 2,2 milhões de euros, voltou agora a ser detido quando preparava uma fuga para o Brasil. O plano passava por escapar à pulseira electrónica e viajar através de Espanha e França.
Amadeu Costa Oliveira, empresário, de 42 anos, ficou conhecido por, em 2005, ter ganho, em primeira instância, um processo contra a empresa ligada a Belmiro de Azevedo, alegadamente por violação de regras de boa-fé e abuso de posição dominante na execução de um contrato com a “Adoma”, firma instalada no NorteShopping e MaiaShopping.
Após a sentença da 4ª Vara Cível do Porto, em Novembro de 2005, a Sonae recorreu, mas viu as suas contas bancárias penhoradas e teve de depositar 2,234 milhões de euros à ordem do processo. O grupo de Belmiro ganhou na Relação do Porto, voltou a ganhar no Supremo e quis reaver o dinheiro.
Só que a verba tinha desaparecido pouco depois do depósito. Como? Com a intervenção do próprio solicitador de execução – a quem estava legalmente confiado o montante – e de Amadeu Oliveira, que entretanto dissimulou o dinheiro, investindo-o em propriedades no Brasil, depois de saldar as contas bancárias.
Terá tido, também, a ajuda do irmão e de uma advogada. O solicitador – que nunca podia movimentar a verba sem autorização do juiz – embolsou 134 mil euros, enquanto Amadeu ficou com 2,1 milhões. Os quatro têm julgamento em Setembro nas Varas Criminais de Lisboa. Respondem por corrupção e branqueamento de capitais.
Estava com pulseira electrónica
Amadeu tinha ido entretanto viver para o Brasil, mas foi detido em Setembro passado, pelos inspectores da Unidade de Combate à Corrupção da PJ, aquando de uma visita esporádica a Vila Nova de Famalicão. Ficou obrigado a permanecer em casa sob vigilância de pulseira electrónica, mas não estava disposto a ir ao julgamento.
Assim, segundo a PJ, traçou um plano de fuga para o Brasil, que passava por uma viagem de carro desde Famalicão até Vigo, um voo até Paris e outro voo até ao Brasil. Os bilhetes já estavam comprados. Só que a PJ soube do plano. Confirmou a aquisição dos bilhetes e providenciou pela detenção do empresário, no passado dia 11, com a ajuda da PSP e da Direcção de Reinserção Social. Um pequeno atraso seria fatal. Amadeu ainda estava a preparar-se para sair de casa, em Famalicão, e bastava-lhe pouco mais de hora e meia para chegar de carro até Vigo, Espanha, onde tinha hora marcada para apanhar o avião.
Se tivesse sido bem-sucedido, poderia gozar de rendimentos no Brasil, mercê de propriedades que adquiriu alegadamente com recurso às verbas da Sonae.
O arguido foi interrogado, no passado sábado, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa. De turno estava o juiz Carlos Alexandre, que lhe decretou prisão preventiva.
Em liberdade e sujeitos apenas a termo de identidade e residência estão sujeitos os restantes três suspeitos, incluindo o solicitador, responsável directo pela retirada do dinheiro da conta da empresa de Belmiro de Azevedo. Ainda exerce funções, apesar de ser alvo de processo disciplinar.
JÁ NO CASO DAS OGFE O BP PAGOU SEM SEQUER PERGUNTAR NADA...
ESTAS LEIS BACOCAS E PSEUDO-DEMOCRÁTICAS É SÓ PARA FACILITAR O GAMANÇO...
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