Friday, May 21, 2010

UMA JUÍZA DA MODERNIDADE ISCTE

Batalhão" de polícias ao serviço de condenado
00h30m
MIGUEL GONÇALVES
Escândalo, vergonha, 'assalto' aos contribuintes. É assim que polícias classificam os três dias em que mais de uma dezena de efectivos da PSP foi obrigada a vigiar um indivíduo que, apesar de condenado a 15 anos de cadeia, estava em prisão domiciliária, em Coimbra.

A história, que deu que falar no seio da PSP de Coimbra, começou no início da semana. Um indivíduo com cerca de 40 anos, desempregado, morador no bairro social do Ingote, em Coimbra, com processos judiciais pendentes e, à conta de um deles, com a medida de coacção de prisão domiciliária (com pulseira electrónica), ouviu da boca de uma juíza, no tribunal, que iria ser detido, hoje, para cumprimento de uma pena de prisão efectiva de 15 anos, por tráfico de estupefacientes e armas.

A magistrada, percebendo de imediato o seu deslize, ordenou à PSP que vigiasse, 24 horas por dia, a casa do indivíduo, reconhecendo, com esse pedido, que a pulseira electrónica não o inibiria de tentar a fuga.

E tinha razão, dado que, em três dias, o condenado empreendeu pelo menos duas tentativas de fuga: numa, vestiu-se de mulher, saiu de casa, mas foi de imediato interceptado pela polícia; noutra, para tentar conduzir os efectivos da PSP para outro ponto do Bairro do Ingote, desguarnecendo a entrada de sua casa, terá engendrado uma cena de tiros, sem quaisquer vítimas ou danos, mas igualmente sem êxito no que concerne à sua fuga, uma vez que os efectivos que vigiavam a casa do detido não arredaram dali pé.

"Não se admite"

O JN tentou ouvir o comandante da PSP de Coimbra, mas sem êxito. Contudo, uma fonte daquela polícia, com conhecimento da situação, afirmou-se estupefacto com este serviço de vigilância, que "acabou por ser interrompido, ontem, devido à polémica que estava a suscitar e aos prejuízos que a sua divulgação pública acarretaria para a boa imagem das estruturas judiciais e policiais".

"Isto não se admite. Numa cidade que teve de instalar videovigilância alegadamente por falta de efectivos policiais; numa cidade em que os agentes da PSP são escassos; numa cidade que se queixa de crimes em zonas de comércio; obrigam-nos a ter uma dúzia de homens a vigiar um criminoso, que devia estar na cadeia e não em casa. É de bradar aos céus", afirmou, ao JN, um elemento da PSP, revelando que, a dada altura, como os efectivos disponíveis em Coimbra já não chegavam, foram pedidos reforços a Viseu e Aveiro. Enquanto isso, "alguns pontos importantes de Coimbra ficaram desguarnecidos".

Na opinião do líder da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Paulo Rodrigues, "isto só reflecte a confusão reinante na Justiça. Sempre que alguma coisa não está bem, o polícia é que paga a factura, como neste caso lamentável e reprovável de Coimbra".

O CIGANO COMO BOM SELVAGEM DEVE TER TRATAMENTO DE LUXO.É UMA VÍTIMA DA SOCIEDADE...
É POR ESTAS E OUTRAS SEMELHANTES QUE A JUÍZA UM DIA VAI FICAR SEM REFORMA...

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