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Morte de jovem em Belém podia ter sido evitada
12 Janeiro 2006
em 33 anos, nacionalidade cabo-verdiana e está em Portugal desde Dezembro de 2005. Nos primeiros dias de Janeiro, terá atirado uma mulher para a linha de comboio junto à estação de Oeiras. A PSP ainda o deteve, mas a vítima apenas sofreu escoriações e desistiu de apresentar queixa. Nesta segunda-feira empurrou um jovem de 19 anos, na estação de Belém, que teve morte imediata. A Polícia Judiciária conseguiu detê-lo ontem. À tarde, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decretou-lhe prisão preventiva, por suspeita de homicídio.
O homem, que alega ter chegado a Portugal após ter vivido num outro país europeu, habitava na linha de Cascais, no Bairro do Pombal, junto ao cemitério de Oeiras, e deverá sofrer de perturbações mentais. Em comunicado, divulgado ontem, a Judiciária dá a conhecer que a "vítima não tinha qualquer relação com o suspeito" e que terá sido empurrada para a linha "sem qualquer motivo aparente".
Segundo apurou o DN, a Judiciária foi alertada para a hipótese de homicídio por um funcionário da CP, que visionou as imagens captadas pelas câmaras instaladas nas estações. E é através da observação destas que a PJ consegue identificar o indivíduo. "Numa primeira fase é perceptível que o jovem tem alguém junto dele quando cai. Após o filme ter sido trabalhado foi-nos possível identificar o suspeito", disse ao DN fonte policial.
O facto é relatado à Divisão de Segurança de Transportes Públicos da PSP, que refere ter tido um caso semelhante dias antes com uma mulher, que acaba por confirmar aos investigadores ter sido empurrada pelo mesmo suspeito. A partir daqui, e "através de alguns contactos identificou-se a residência do indivíduo e detivémo-lo", explicou a mesma fonte.
Tudo em nome de uma missão
Houve um automobilista que não terá parado na passadeira junto ao edifício da Câmara Municipal de Oeiras quando o suspeito de homicídio tentou atravessar a rua. Foi o suficiente para o cabo-verdiano ficar perturbado.
Dias depois, terá empurrado uma jovem para a linha de comboios da estação de Oeiras. O jovem foi de imediato interpelado pela PSP e contou os motivos do seu acto castigar as pessoas por quase ter morrido numa passagem para peões passou a ser a sua missão.
A poucos metros, dentro do seu quiosque, Jorge Monteiro assistiu a tudo. Viu um vulto a empurrar a jovem, que se desequilibrou, deu um passo em falso e caiu sobre as linhas férreas. "A sorte dela é que, naquele momento, não havia comboios a chegar ou a partir", recorda o comerciante. Teve tempo de se levantar e subir para o apeadeiro.
O primeiro impulso de Jorge foi pensar que estava perante uma brincadeira de adolescentes, mas depressa percebeu que se tratava de um acto deliberado "Chamei a PSP que, em menos de nada, chegou à estação para interrogá-lo".
O cabo-verdiano falava alto e explicava que o incidente poderia até ter sido mais grave. Visivelmente revoltado, esclareceu aos agentes que esta era a sua forma de ensinar as pessoas a respeitar as passadeiras para peões. "Percebi de imediato que ele deveria sofrer de perturbações mentais", diz Jorge Monteiro.
Dentro da esquadra da PSP junto à estação de comboios de Oeiras, a vítima foi ouvida pela polícia, mas segundo Jorge Monteiro, acabou por não apresentar queixa "Ela estava na altura muito transtornada e, só queria ir embora".
A PSP ficou de mãos atadas, limitando-se apenas a registar a ocorrência. O indivíduo não foi detido e partiu em liberdade. "Os agentes voltaram a chamar-me e ficaram com os meus dados para o caso de ser necessário identificá-lo mais tarde", conta o comerciante, acrescentando que tanto o suspeito de homicídio como a vítima não eram utentes habituais da estação de Oeiras.
"Trabalho aqui há mais de 30 anos e conheço bem as pessoas que habitualmente apanham aqui o comboio", esclarece Jorge Monteiro.
Primeiro homicídio na CP
Contactado pelo DN o departamento de Relações Públicas da CP esclareceu que não teve conhecimento deste incidente. Caso contrário e, de acordo com fonte da CP, o procedimento correcto passaria por alertar o Comando-Geral da PSP e todas as estações da Linha de Cascais da CP.
Dias mais tarde, Bruno Leal morreu debaixo de um comboio na estação de Belém. A sua morte ficará para sempre como o primeiro homicídio a ser cometido nas linhas de comboio do país. O funeral do jovem sai hoje, às 10.30, da Igreja de Leceia para o cemitério de Barcarena.
ESTE GAJO FOI JULGADO E APANHOU 20 ANOS.RECORREU COM ADVOGADO PAGO PELO ZÉ POVINHO POIS QUE É POBRE(SÃO SEMPRE)E JÁ VAI EM 13 ANOS.COM O MODERNO CÓDIGO DE PENAS O DIRECTOR GERAL DAS PRISÕES QUE É UM AMIGALHAÇO VAI COLOCÁ-LO CÁ FORA NÃO TARDA NADA.EXISTEM POR AÍ TANTOS PORTUGAS LEGÍTIMOS PARA EMPURRAR...
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