Rede de Leste vai a julgamento por 239 assaltos
00h30m
NUNO SILVA
Os 21 indivíduos de países da antiga Jugoslávia acusados de mais de 200 assaltos a casas no nosso país vão a julgamento, decidiu, ontem, sexta-feira, um juiz do Tribunal de Instrução Criminal do Porto. Foram considerados suficientes indícios de associação criminosa.
É mais um avanço num dos maiores processos de sempre em Portugal contra redes internacionais de assaltantes. Desmantelado pela Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto, o grupo terá provocado prejuízos na ordem dos 6,4 milhões de euros, em bens furtados de residências de Norte a Sul do país, nos anos de 2008 e 2009.
Na sequência dos pedidos de abertura de instrução de quatro dos arguidos, o tribunal decidiu manter na íntegra a acusação que imputa um total de 239 assaltos (218 crimes de furto qualificado; 17 de furto qualificado na forma de tentada e quatro de furto simples); 43 crimes de falsificação de documentos e 15 de falsas declarações, entre outros.
A única alteração prendeu-se com a diminuição, em cerca de 50, do número de crimes atribuídos a uma das mulheres. É que, na altura em que foram cometidos, a arguida em causa já se encontrava em prisão preventiva.
Associação criminosa
De resto, e no que concerne à associação criminosa, o juiz entendeu que os elementos recolhidos na investigação são suficientemente fortes. O Ministério Público sustentava a organização revelada pela rede ao nível da escolha de locais a assaltar, selecção de operacionais - quase sempre mulheres e crianças -, apoio logístico e escoamento, para o estrangeiro, do material furtado.
Os suspeitos, que serão originários de países como Croácia, Sérvia e Macedónia (em alguns dos casos a nacionalidade não foi determinada, por terem fornecido identidades falsas), actuavam durante o dia, aproveitando a ausência dos moradores. Recorriam por norma a cartões ou outros objectos em plástico para forçarem a abertura das portas e apropriavam-se sobretudo de ouro, jóias e dinheiro, causando, por vezes, rombos de vários milhares de euros. A rede terá ramificações a Espanha, Itália e França, onde foram cometidos crimes semelhantes.
O juiz de instrução decidiu manter em prisão preventiva seis dos acusados - cinco deles apontados com os cabecilhas. A localização e notificação para julgamento dos restantes, libertados após primeiro interrogatório, em Março de 2009, poderá revelar-se um problema para as autoridades judiciais. Trata-se de indivíduos sem paradeiro fixo, que deambulam pela Europa em rulotes e que chegaram a indicar parques de campismo como residência.
OS INDÍGENAS ANDAM OU NÃO RICOS?OS MISSIONÁRIOS LAICOS NOS INTERVALOS DOS CAMBÕES E DA CORRUPÇÃO ELEITOS PELO REBANHO SÃO OU NÃO O MÁXIMO?
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