Tuesday, August 24, 2010

AS DISCRIMINAÇÕES POSITIVAS QUE DEIXAM OS INDÍGENAS PARA TRÁS











Jovens mostram os seus bairros em série de televisão
Concurso de curtas-metragens colocou residentesa observar e sobretudo a reflectir sobre a sua realidade

Jovens de bairros problemáticos de quatro regiões do país estão a participar num concurso de curtas-metragens sobre a multiculturalidade, a identidade e o sentimento de pertença. O resultado será um documentário a emitir na RTP2 a partir de Setembro.

De câmara na mão e olhar compenetrado, Zezinho (como toda a gente lhe chama, apesar de o seu nome ser Tiago Moreira) parece um "cameraman" profissional. Até excede as suas competências: dá sugestões aos colegas sobre como se devem posicionar, detecta falhas nas interpretações e procura motivar toda a equipa com palavras de incentivo.

Parece difícil acreditar mas, aos 19 anos, Zezinho ainda está a tentar completar o nono ano e, apenas dois dias antes das gravações, não sabia praticamente nada sobre televisão. "Quando olhei para a câmara, achei que tinha botões e mais botões, mas afinal é simples. É uma questão de saber o que fazer", diz o jovem.

Zezinho foi o "cameraman" de serviço durante a tarde de gravações de "B.I"., uma série produzida para a RTP, que o JN acompanhou na Quinta do Mocho, em Loures, um dos bairros problemáticos que servem de palco aos documentários.

Em rodagem estava uma curta-metragem da autoria de Paulo Amadeu, 17 anos, habitante do próprio bairro, que conta a história de um jovem apaixonado pela música, apesar de a família não achar muita piada à ideia. Paulinho (como é tratado pelos colegas de gravações), revê-se na personagem principal e sonha em ser cantor de música africana, como kizomba ou kuduro.

Zezinho e Paulinho são dois dos oito jovens de Loures a participar neste projecto da produtora Vende-se Filmes, que é, ao mesmo tempo, um conjunto de oficinas para jovens, um concurso e um documentário.

Em cada um dos quatro concelhos seleccionados pela sua multiculturalidade, oito jovens, supervisionados por profissionais, escrevem os guiões e realizam um documentário de três minutos, no máximo, sobre a forma como vêem a sua identidade, após terem recebido uma curta formação na área do cinema.

Dos oito filmes resultantes de cada município, três serão exibidos integralmente no decorrer dos 13 episódios da série, na qual se cruzam também as opiniões dos intervenientes e uma vertente de "making of" com imagens das oficinas de cinema.

"Queremos que eles nos mostrem o que compõe a sua identidade e a forma como as questões da imigração fazem parte dela", explica Filipa Reis, produtora e realizadora da Vende-se Filmes, garantindo que a sua equipa aprende muito com "a frescura e a ingenuidade" dos jovens.

Ericson Silva, 20 anos, habitante da Quinta do Mocho, fartou-se de aprender em apenas uma semana. "Descobri mais uma coisa que não sabia fazer. Por mim, ficávamos um mês a fazer isto", diz o jovem, que está "super-curioso" para ver o resultado na TV.

Tanto mais que, como diz Zezinho, bairros como a Quinta do Mocho só costumam ser notícia quando há algum problema. "Estas câmaras e estas mesas de mistura valem muito dinheiro", diz o jovem, apontando para o material da Vende-se Filmes espalhado pelas ruas do bairro. "Mas ninguém rouba nada, está tudo descontraído. É este lado bom que é preciso mostrar e estes programas podem ajudar muito."


DE VEZ EM QUANDO MOSTRAM ESCOLAS MULTICULTURAIS DITAS MODELO EM QUE OS INDÍGENAS ESTÃO AMEAÇADOS DE MINORIA E EM QUE NUNCA FALTA DINHEIRO PARA NADA EM TERMOS DE ANIMAÇÃO.ESTÚDIOS DE TV, RÁDIO, COMIDINHA A HORAS E FORA DELAS...RESULTADOS?SEMPRE BONS POIS QUE AFINAL EXAMES NACIONAIS É BESTEIRA XENÓFOBA...
OS AGORA COLONIZADORES PEGAM NA SUA MATÉRIA PRIMA QUASE Á NASCENÇA E FAZEM TODO UM TRABALHO AO LONGO DA VIDA DO "JOVEM" DE TAL FORMA AMPARADO QUE ELE ACABA INSTALADO NA MÁQUINA DO ESTADO A TOMAR CONTA DE OUTROS... TUDO PAGO PELA XENOFOBIA E INDIGENATO DO PORTUGAL PROFUNDO, QUE SEM SE DAREM CONTA FICAM COM CAPATAZES AFRICANOS.COLONIZAÇÃO COM DIREITOS Á BASE DE AFECTOS.ISTO DE DIA PORQUE DE NOITE HÁ O INTERVALO...
OS GAJOS DE MANGUALDE PARECEM TER GOSTADO DO QUE O SÓCRATES LHES FEZ...

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