Thursday, September 13, 2007

RESULTADOS DAS BOAS ACÇÕES HUMANITÁRIAS E "INTEGRADORAS"

A noite de segunda-feira foi de pânico para Cesaltina Silva
A preocupação de Cesaltina Silva foi a de procurar ajuda. Com uma pistola apontada à cabeça do filho de 10 meses, que segurava ao colo, a proprietária de um café de Sacavém fugiu em busca de auxílio que lhe permitisse lidar com o gang de três assaltantes que, na noite de segunda-feira, lançou o pânico naquele estabelecimento.


Pelas 21h30 daquele dia, Cesaltina ausentou--se por momentos do House Cafe, o estabelecimento que explora com o marido, na Rua Téofilo Constantino, em Sacavém.

Ao regressar ao café, com o filho bebé ao colo, a comerciante nem reparou que três estranhos tinham entretanto lá entrado. Com a cara tapada por gorros, dois ostentavam revólveres e o outro uma grande faca.

“O que tinha a faca dirigiu-se a um casal que estava sentado perto da porta. Roubou-lhes fios de ouro, as carteiras e três telemóveis”, recordou Cesaltina Silva.

Já o marido da comerciante estava com uma pistola apontada à cabeça, obrigado a abrir a caixa registadora. “Quando eu vi tudo isto já estava dentro do café e só pensei em sair para procurar ajuda”, apontou Cesaltina.

Mas a porta estava tapada pelo terceiro assaltante, também ele armado com um revólver. Apesar de ter tentado sair, Cesaltina foi impedida e ameaçada pela arma de fogo.

A comerciante assegura que não se deixou amedrontar e incentivou mesmo o assaltante a disparar. No entanto, em vez de o fazer, o indivíduo apontou a arma à cabeça do filho de Cesaltina.

Foram segundos de pânico. Assim que viu uma possibilidade, a comerciante fugiu em busca de auxílio. “Eles saíram logo atrás de mim e começaram a correr em direcção ao bairro da Quinta do Mocho, que é mesmo aqui ao lado”, acrescentou a dona do café.

Mesmo assim, Cesaltina Silva meteu-se no carro e perseguiu os três jovens. No entanto, não terá andado mais de 500 metros. “Eles entraram na Quinta do Mocho e aí eu parei”, concluiu.

A Polícia Judiciária de Lisboa investiga o assalto.

DINHEIRO A VOAR NA RUA

Por breves momentos, Cesaltina Silva confrontou-se, cara-a-cara, com os três assaltantes. “Eu fugi e eles saíram logo a seguir”, recordou a comerciante. Apercebendo-se de que o trio transportava o dinheiro roubado da registadora, a dona do café não hesitou em atacá-los. “Procurei defender o que é meu. Bati no que segurava o dinheiro e andaram notas a voar na rua”, recordou Cesaltina Silva. Os ladrões fugiram mas, ao menos, a comerciante ficou segura de que a colheita “acabou por não ser a que eles desejavam”. “Terão levado pouco mais de 100 euros da caixa”, concluiu a comerciante.

PORMENORES

DESCRIÇÃO

Chamada pela Polícia Judiciária a efectuar o reconhecimento dos três suspeitos, em álbuns de fotografias, Cesaltina Silva assegura que conseguiu identificar apenas um. “Foi o que me apontou a pistola. Fixei-lhe os olhos e tenho a certeza de que é o que vi na fotografia”, descreveu.

BAIRRO

A rua Teófilo Constantino, onde está situado o café assaltado, fica situada nas imediações do Bairro da Quinta do Mocho. Trata-se de uma zona de realojamento de imigrantes das ex-colónias portuguesas em África, que dá muitas dores de cabeça à PSP. “Os assaltos que acontecem lá, também já estão a acontecer aqui nesta rua”, frisou Cesaltina Silva.

VÃO LÁ VER SE ELES QUEREM TRABALHAR...

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