Friday, July 6, 2007

MAS NÃO ERAM OS MILITARES AS ORIGENS DOS MALES DA PSP?

PSP: Sindicatos em «pé de guerra» por causa de medalha

A entrega de uma medalha à directora de recursos humanos da PSP, sexta-feira, numa cerimónia para comemorar os 140 anos da corporação, está a provocar violentos protestos dos principais sindicatos da polícia.
A estrutura mais representativa do pessoal da PSP, a ASPP, enviou mesmo hoje um ofício ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que tutela a polícia, a pedir o cancelamento da atribuição da medalha a Teresa Caupers, disse à agência Lusa o presidente daquele sindicato, Paulo Rodrigues.

A directora Nacional adjunta da PSP está na corporação desde 05 de Agosto de 2004, tendo tomado posse na mesma altura que o então director nacional, Branquinho Lobo, entretanto substituído por Orlando Romano.

Os vários sindicatos criticam de forma unânime a falta de razões para distinguir Teresa Caupers, na polícia há menos de três anos, e acusam-na mesmo de prejudicar os polícias no desempenho das suas funções.

«Ainda não fez nada de positivo para os profissionais da PSP, pelo contrário», disse à Lusa o presidente de outro sindicato, o SPP, António Ramos.

«O mandato dessa senhora é negativo, não se percebe como vai ser louvada por serviços distintos», acrescentou.

O Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP) emitiu mesmo um comunicado onde diz que a directora de recursos humanos é a personalidade «mais contestada pela generalidade dos profissionais de polícia» e dela «apenas recorda decisões nocivas», onde inclui a assunção do controlo directo das férias dos oficiais da corporação, «demonstrando desconfiança frontal» dos dirigentes policiais.

O SNOP diz desconhecer que alguma vez alguém tenha recebido na PSP uma medalha de prata, como está anunciado para Teresa Caupers, ao fim de menos de três anos na corporação.

A decisão do director nacional da PSP, diz o Sindicato dos oficiais, só pode ser um «lamentável lapso» ou revelar o «alheamento» de Orlando Romano perante «a realidade disfuncional da gestão de recursos humanos da PSP.

»Se ela prestou serviços, foi ao Governo, não foi à PSP», critica por seu lado o presidente do SINAPOL, outro sindicato indignado com a decisão de medalhar a responsável pela gestão do pessoal da PSP à frente de um grupo de mais nove pessoas com a medalha de prata da instituição.

Por outro lado, argumenta Armando Ferreira, a distinção a Teresa Caupers «menoriza» os restantes elementos da corporação que vão receber a mesma distinção.

Na onda de contestação, os sindicalistas apontam como contraste o facto de os dois polícias que salvaram um homem de morrer esmagado por um comboio em Lisboa - na véspera das eleições presidenciais de Janeiro de 2006 -, um dos quais morreu e o outro ficou com graves problemas de saúde, «nunca tenham recebido qualquer distinção pela sua atitude de corajosa».

Contactado pela Lusa, o porta-voz da PSP limitou-se a dizer que Teresa Caupers vai ser distinguida com a medalha de prata da instituição, tal como outras nove pessoas da corporação, durante a cerimónia que decorre na Praça do Império, em Lisboa.

«Não há nenhum comentário nesta altura», afirmou.


E TÊM SORTE SER NO PS A MANDAR PORQUE SE FOSSE O PCP IRIAM VER COMO É QUE ERA BONITO...

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