Contas bancárias de autarca alvo de suspeitas
ALFREDO TEIXEIRA
Braga. Presidente da Câmara Municipal fala em campanha orquestrada
O presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, insiste não haver qualquer tipo de irregularidade a envolver os seus negócios ou os seus rendimentos. Alegadamente são dois milhões e meio de euros, supostamente depositados em 34 contas ao longo de dez anos, cuja origem a Polícia Judiciária não terá conseguido explicar. A investigação foi encerrada em Novembro. O autarca admitiu ontem ao DN que as suas contas e o seu histórico bancário foram "passados a pente fino pela PJ", garantindo porém que "nada de anormal foi encontrado".
"Desenterrar o esqueleto do armário é patético", afirmou o autarca ao DN, assegurando que vai recorrer à justiça contra "as injúrias" vindas ontem a público na imprensa. As contas do autarca começaram a ser investigadas há oito anos, após uma denúncia de Miguel Brito, vereador do CDS-PP na autarquia, que denunciou, numa alusão ao presidente, que muitos funcionários municipais apresentavam sinais de riqueza que não correspondiam aos salários que auferiam. Contas, movimentos bancários e os negócios da família do autarca foram então investigados pela PJ, que nunca chegou a qualquer tipo de conclusão.
"Tudo coisas que não correspondem à verdade", assegura Mesquita Machado, que volta a esclarecer que o milhão de euros que não aparece declarado nos seus rendimentos se deve às deduções em IRC do negócio que mantém na Sociedade Agrícola da qual é sócio em Vila Verde. "As casas [de que se fala] em Quarteira, no Algarve, também são ficção. Tivemos apenas um apartamento que acabou por ser vendido, porque o meu filho [Francisco Machado] precisava de reforçar capital", acrescenta.
A farmácia da filha, assegura ainda, foi comprada com recurso a um empréstimo bancário e os car- ros de alta cilindrada que foi tendo, bem como os dos filhos, "foram adquiridos em anos diferentes consoante as possibilidades". E muitos de- les já foram vendidos, garante.
De acordo com as suspeitas levantadas pelo vereador Miguel Brito, e depois investigadas pela Judiciária, é a partir de 1997 - altura em que a filha Cláudia casa com Pedro Machado, que se tornou mais tarde administrador de uma empresa multimunicipal - que aquele casal passa a declarar rendimentos muito superiores aos do autarca. Também Francisco mostra dedo para o negócio: compra o Café Astória e uma loja à empresa Bragaparques, que depois arrenda à câmara presidida pelo pai. "Sempre colaborei com a polícia, pois queríamos tudo clarificado. Foi feita peritagem contabilística, com técnicos especializados, e verificou-se que não existia qualquer imprecisão", diz o presidente.|
Mesquita Machado
Finanças e IGAT recusaram investigar
São muitas as explicações para as falhas grosseiras na investigação ao património de Mesquita Machado, desencadeada no início de 2000 e terminada em Outubro do ano passado com um arquivamento. Um dos motivos invocados pelo Ministério Público para não ser possível estabelecer o nexo de causalidade entre o enriquecimento e qualquer facto ilícito é a falta de colaboração de outras entidades.
O POVO CADA VEZ MAIS VAI APRECIAR A DEMOCRACIA.OS ELEITOS NEM DORMEM BEM QUANDO O POVO PASSA DIFICULDADES.OS ELEITOS FAZEM IMENSOS SACRIFICIOS EM NOME DO POVO.TÊM IMENSAS IDEIAS PARA ANIMAR O POVO.QUE COMO SE VÊ CADA VEZ ESTÁ MAIS RICO.E OS ELITOS MAIS POBRES ESSES SERVOS DO POVO...
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