Samuel Chiwale é uma das figuras incontornáveis da política angolana31 Julho 2008 - 00h30
Samuel Chiwale
“Quando é que a independência acaba?”
Samuel Chiwale, general na reserva e dirigente da UNITA, falou ao 'CM' sobre a mensagem lançada no seu livro ‘Cruzei-me com a História’.
Correio da Manhã – Que mensagem lança no seu livro ‘Cruzei-me com a História’?
Samuel Chiwale – O livro conta a história da libertação de Angola, dos movimentos de libertação angolanos e de outros países africanos. Antes da independência de Angola só se falava do MPLA, algumas vezes da FNLA e rara vezes da UNITA. Pois chegou o momento de contar a realidade da luta contra o colonialismo e o papel da UNITA nesta luta. O livro relata tudo isto.
– O que mais lhe marcou nesta luta de libertação?
– O sentido patriótico que os angolanos manifestaram contra o jugo colonial; a luta tenaz contra a colonização e o entendimento do que é a independência.
– Uma independência que tem tido muitos espinhos...
– Muito difícil e com imensas desigualdades. Por isso, estou ansioso pelas próximas eleições. Desejo que corram com liberdade, credibilidade e transparência. Até aqui a maior parte do povo angolano ainda não saboreou o bolo da independência. Temos um país rico, mas com uma população extremamente pobre. Lutámos pela independência, pela nossa libertação, para melhorar a vida do nosso povo, mas há muita frustração nas populações angolanas. Muita gente pergunta quando é que a independência acaba? Dizem isso por causa do sofrimento por que tanto têm passado desde a independência. Não sentem melhoria nenhuma. Dizem que hoje estão pior do que no tempo colonial. Há que haver mudança e ela pode acontecer a 5 de Setembro.
ELE NÃO DIZ MAS O "JUGO COLONIAL" ERA PARA ELE E PARA OS OUTROS " OS BRANCOS".O "JUGO COLONIAL" ACABOU QUANDO FICARAM COM AS PROPRIEDADE DOS BRANCOS.
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