Na Quinta da fonte a notícia da libertação dos jovens foi vista como 'injusta' pela comunidade africana. 'Natural', pela comunidade cigana. Por estas razões, a PSP reforçou ontem a presença no bairro. Aos agentes de Loures juntaram-se elementos das Brigadas de Intervenção Rápida e da Unidade Especial de Polícia. Sempre em duplas e armados de shotgun, procuraram mostrar a sua presença de forma a evitar a repetição dos confrontos.
TENSÃO ÉTNICA AMEAÇA
'Um dia chegam aqui e vai ser só tirar cadáveres', afirma José Manuel Costa, natural da Guiné. 'Isto ainda se vai tornar numa guerra', diz José Fernandes, de etnia cigana. As afirmações dos dois habitantes da Quinta da fonte espelham o clima de conflito existente no bairro e surge como aviso para as autoridades políticas e policiais.
As rivalidades entre os dois grupos já vêm de longe, mas ambos partilham da mesma opinião: se as autoridades não realojarem em breve a comunidade cigana, que habita no local, 'muito sangue vai ser derramado'. A estatística não é oficial, mas haverá quatro africanos para cada cigano no bairro.
'Se nos unirmos todos, em 20 minutos damos cabo deles', disse ao CM José Silva, um africano que habita no bairro. 'Não queremos que isto aconteça, mas, se nos provocarem, nós vamos lá. E aí o bairro vai ficar cheio de corpos.'
Do outro lado da contenda, José Fernandes disse ao CM que a comunidade cigana, a que pertence, pretende deixar a Quinta da fonte. E depressa. 'Segunda-feira vamos protestar na Câmara de Loures para sermos realojados em outro local. Se depois disso a Câmara continuar sem fazer nada vamos acampar em frente ao Ministério da Administração Interna, que é o responsável pela segurança. E lá ficaremos até que façam alguma coisa.'
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CLARO QUE OS VERDADEIROS POBRES "INDÍGENAS", LONGE DAS CÂMARAS E DOS BARULHOS QUE MORRAM E NÃO CHATEIEM...
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