Tuesday, July 7, 2009

IMPORTARAM UMA GUERRA DE GUERRILHAS

Polícia tem cinco suspeitos identificados
"Tresanda a vingança" o tiroteio de domingo em Santa Filomena
07.07.2009 - 09h00 José Bento Amaro
Ganha força a hipótese de os disparos efectuados na tarde de domingo contra dois agentes da PSP, no Casal de Santa Filomena, na Amadora, terem sido um acto de vingança.

Ganham consistência as teses dos que descrevem o bairro como um caso perdido, onde a miséria e a violência andam de mãos dadas, ante a inoperância da autarquia, que não consegue reabilitar, e da polícia, cada dia mais sujeita a ataques de moradores do bairro.

"Santa Filomena é como uma daquelas mulheres que têm a doença [venérea], mas onde os homens continuam a ir, mesmo sabendo que arriscam o pêlo", diz José Rodrigues, reformado.

Morador a curta distância do local onde os polícias foram baleados (no rosto e na cabeça), o septuagenário explica a analogia: "Todos sabem, há muitos anos, que em Santa Filomena quase só há ratos, droga e gatunos, mas ninguém faz nada. Deixa-se andar aos tiros e a roubar todos os dias e depois, quando as coisas acontecem com a polícia ou quando morre algum miúdo, é que se vem fazer alarido".

Com quase tantas ruas como quantas letras tem o alfabeto, o bairro espraia-se, feito de tábuas velhas, paredes por rebocar, chapas e zinco, por uma encosta onde apenas existem duas vias pobremente asfaltadas.

"Conseguir apanhar alguém em fuga dentro do bairro é quase como adivinhar os números do Euromilhões", diz um agente da PSP, aludindo às dificuldades de poder perseguir com êxito os que ali se refugiam após os assaltos na rua ou, como aconteceu no domingo, tentar identificar e localizar os dois homens que ali se esconderam depois de terem efectuado dois tiros de caçadeira contra os dois agentes de um carro-patrulha que havia sido atraído às imediações.

Crianças sentinela

O Casal de Santa Filomena tem uma rotina própria, que muitas vezes o assemelha a um quartel. Desde manhã cedo até ao escurecer existe uma espécie de corpo de sentinelas, constituído por inúmeras crianças que não chegaram ainda aos 12 anos e que dão sinal de qualquer aproximação de desconhecidos à zona. Ultrapassar esta primeira linha pode custar, em diversas ocasiões, insultos, cuspidelas ou mesmo pedradas.

Se o visitante não se intimida com este cartão-de-visita, pode então deparar-se (normalmente depois da hora de almoço) com vários grupos de adolescentes e outros indivíduos mais velhos que, encostados às paredes das tabernas, zelam pela segurança do local de outra forma. "Vem pagar uma, ó branquela...". À falta de resposta, surge o desafio seguinte: "Vem pagar uma, filho da p...".

Dialogar é, pois, uma tarefa nem sempre fácil. Longe das cuspidelas das crianças e dos insultos de outros mais crescidos, resta a abordagem aos homens e mulheres que terão começado por habitar o bairro, formado no início da década de 1980 por africanos que rumaram a Portugal à procura de trabalho na construção civil.

A maior parte dos adultos mais velhos de Santa Filomena trabalha nas obras ou nas empresas de limpeza. Os jovens repartem-se, na sua maioria, pelas ruelas sujas do bairro, e por escolas onde não chegam a cumprir a escolaridade mínima.

"A maior parte quer roupas de marca e dinheiro no bolso, mas não trabalham. Se os pais são pobres e não lhes podem dar tudo isso, é natural que o dinheiro venha dos roubos e da droga", explicou um dos muitos agentes da PSP que ontem, durante todo o dia, ainda se mantinham nas imediações do bairro, na continuação de uma operação que visava localizar os autores dos disparos mas que, até final da tarde, ainda não tinha surtido efeitos.

1200 barracas

José Rodrigues, o reformado que compara o bairro à prostituta doente, lembra depois que a cada tiroteio, a cada pessoa baleada, surgem sempre as notícias que dão como certo o fim de Santa Filomena. "Eles falam, falam, falam, mas eu olho para ali [e aponta o dedo para o casario] e parece-me ver cada vez mais barracas", diz.

O bairro terá, de acordo com estimativas camarárias, cerca de 1200 construções. Mais difícil é dizer quantas pessoas ali moraram. Há quem fale em 5000, 6000 e até 7000. A maior parte são africanos, mas também já lá estiveram brasileiros e até ucranianos.

"Tiveram que ir embora, coitados. De cada vez que saíam todos juntos a casa era logo assaltada."

Sobre o atentado de domingo, todos acreditam que foi uma consequência de uma vingança jurada há 15 meses, quando a PSP abateu a tiro, ali próximo, Kuku, um jovem de 14 anos que andava a roubar carros. "Tresanda a vingança", diz um agente.


O INTERNACIONALISMO TRAIDOR AÍ ESTÁ.FUGIRAM DA GUERRA COLONIAL, FORAM LAVAR PRATOS E EIS QUE AGORA IRÃO MANDAR OS SEUS FILHOS LUTAR, AGORA CÁ DENTRO CONTRA A GUERRILHA TÃO BONDOSAMENTE IMPORTADA E SEM NENHUM CONTROLO.
CONTROLO SOBRE QUEM PAGA IMPOSTOS TÊM ELES.QUE NOS OBRIGAM A PAGAR SEMPRE E CADA VEZ MAIS...
ATÉ JÁ ESTRANGEIROS O EXÉRCITO CONTRATA...TUDO INFILTRADO!

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