Comércio vive dias inseguros
Lojistas da freguesia de Belas ameaçam manifestar-se devido à vaga de assaltos e furtos
00h30m
TELMA ROQUE
Os comerciantes têm armas apontadas à cabeça em plena luz do dia. Os moradores andam com medo de sair à rua. Em Belas, Sintra, há quem pense em fechar as lojas em sinal de protesto ou colocar faixas negras nas ruas.
Bancos, clubes de vídeo, lojas de tintas, restaurantes, cafés, papelarias ou lojas de telecomunicações. Nada escapa à cobiça dos ladrões. De noite ou de dia, assaltam, a eito, cada um dos estabelecimentos, estejam ou não clientes.
Na Avenida General Humberto Delgado e Rua Margarida Malheiros, todos os comerciantes têm histórias para contar. Muitos já sentiram os canos de uma arma encostados à cabeça ou a lâmina de uma faca no pescoço.
Abertamente, os comerciantes não falam sobre os protestos, apenas alegam que a paciência está a esgotar-se e que é preciso "fazer qualquer coisa". Os moradores também andam assustados. "Saio o menos possível e, quando escurece, tranco-me em casa", diz Fernanda Santos, que reside há mais de duas décadas na zona.
O restaurante Happy Grill ainda tem as marcas de uma rajada de tiros disparados contra a porta e montras para obrigar os funcionários a abrir e entregar o apuro de um dia de trabalho.
Simone Badoca, que há quatro anos abriu a pastelaria Boreau, em Belas, já foi assaltada três vezes. Da última vez, ao final da tarde, dois homens apontaram-lhe uma caçadeira. A ela e ao cliente que estava acompanhado de uma criança. "Tenho muito medo de estar sozinha. Parece que pode acontecer a qualquer hora", lamenta-se a empresária.
Henrique Ribeiro, proprietário da papelaria Aguarela de Belas, foi assaltado seis vezes. Está a receber apoio psicológico. Há um mês, foi brutalmente espancado por reagir a dois homens armados. "Fiquei com nódoas negras nas fontes, provocadas pelos canos da arma. Vi mesmo a minha vida andar para trás", conta ao JN.
Irene Dias, que explora com o marido a churrasqueira "O Braseiro", viu a sua casa ser devassada quatro ou cinco vezes. Em Dezembro, levaram-lhe a caixa registadora, que além do dinheiro, tinha as chaves do carro. "Uma semana depois, vieram buscar-me o carro. A Judiciária encontrou-o um mês depois, todo partido".
Na pizzaria Dom Vitorio, as funcionárias abriram a porta para despejar o lixo e esbarraram num bando de assaltantes armados. "Mesmo que a rua esteja cheia de pessoas, eles actuam na mesma, com um sentimento de impunidade que assusta", queixa-se Vítor Pereira, dono do restaurante.
O JN tentou obter um comentário da PSP, da Junta de Freguesia e da Câmara de Sintra, mas sem êxito. Manuel do Cabo, vice-presidente do Conselho Municipal de Segurança também não quis prestar declarações. Ao JN reconheceu apenas que a situação "é confrangedora" e que o Conselho está a reunir dados e que, em breve", vai tomar medidas para tentar combater o problema.
PEQUENAS SEQUELAS DA AFRICANIZAÇÃO.ISTO A SIDA AS CASAS SOCIAIS E TODOS OS TACHOS PARA CUIDAR DA POBREZA SÓ PORQUE "ENTREGARAM" TUDO O QUE TIVESSE PRETO DO IMPÉRIO E AGORA , OS MESMO, O ANDAM A RECONSTRUIR CÁ DENTRO E POR NOSSA CONTA.E AI QUEM SE DEFENDA OU ATÉ NOS DEFENDA.TEM PROCESSO DE CERTEZA...
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