Fanatismo do Islão ameaça os cristãos
2009-01-26
O bispo de Alepo, na Síria, denunciou ontem, em Fátima, que "no Islão há tendências fundamentalistas que fazem tudo, directa ou indirectamente, para fazer os cristãos partir" do Médio Oriente e apelou à paz.
Em conferência de Imprensa, que antecedeu a celebração nacional do Ano Paulino no Santuário de Fátima, D. Antoine Audo explicou que "há um discurso nos media muçulmanos, nas mesquitas, nas escolas" de que o Islão está no "início da conquista da Europa".
"Na Europa, o secularismo e a exclusão de cristãos inquieta-nos e reforça os muçulmanos", sublinhou o prelado, lembrando o que os muçulmanos dizem: "Já não há fé, nem família, nem moralidade na Europa. Pacificamente, vamos pregar-lhes o Alcorão e vamos todos convertê-los ao Islão". Para o bispo da Síria, "este é o discurso disseminado entre o povo".
"O Islão, nas suas afirmações, é uma grande questão. A Igreja deve dar uma resposta ao Islão, pelo seu modo de fazer, de compreender, de escutar, de acolher, de ser firme na fé", defendeu D. Audo. O prelado disse também estar "muito preocupado" com a guerra no Iraque, interrogando-se se não será o fim da Igreja "com esta instabilidade e violência". Apontando o caso de Israel e da Palestina, o prelado recordou, também, o "Iraque ensanguentado por conflitos étnicos e religiosos e onde os cristãos (...) estão ameaçados de desaparecer". O bispo sírio referiu ainda o caso do "Líbano, assediado entre guerra e lutando pela paz".
"Nesta região tão provada do Médio Oriente, os cristãos vivem lado a lado com os muçulmanos, em diferentes países dilacerados por guerras", afirmou na homília da celebração nacional do Ano Paulino, que juntou milhares de pessoas no Santuário de Fátima, onde se encontravam a Conferência Episcopal Portuguesa e o Núncio Apostólico em Portugal.
"Esperamos que com a mudança de presidente nos Estados Unidos possamos ter um tempo de segurança e de paz", desejou o bispo, lembrando que "desde que há guerra e insegurança, a Igreja tem sido posta à prova", havendo cerca de 50 mil cristãos que abandonaram o Iraque.
Quanto à Síria, admitiu que é um "país relativamente calmo e moderado, mas sente-se crescimento do fanatismo, não no regime, mas entre o povo", com "mais mulheres que cobrem o rosto".
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