Tuesday, May 22, 2007

O GERME DA DESTRUIÇÃO DE PORTUGAL

Desemprego empurra 75 mil para Espanha



CARLA AGUIAR
RUI COUTINHO (imagem)

"Alguma coisa tem de estar muito mal neste país para que tantos portugueses saiam para trabalhar fora e se sujeitem mesmo a fazer trabalho escravo". As declarações do secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, ao DN, encontram eco nas estatísticas ontem divulgadas, em Espanha, pelo Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais, segundo as quais o número de trabalhadores portugueses em Espanha continua a aumentar, contando-se já em 75 mil.

A comunidade de trabalhadores lusos em Espanha é já a segunda maior entre os países da UE, a seguir à romena . E em termos globais é a quinta, depois das comunuidades oriundas de Marrocos, Equador, Roménia e Colômbia. O universo de trabalhadores portugueses cresceu 4% entre Janeiro e Abril - o maior aumento entre as comunidades estrangeiras -, mas contabiliza apenas os legalizados, registados na Segurança Social espanhola, sabendo-se que a dimensão da emigração portuguesa naquele país é muito maior. Os sectores da construção e da hotelaria são os que mais empregam esta mão-de-obra.

De acordo com a Associação de Sindicatos de Andorra, só naquele principado existem cerca de 15 mil portugueses, estimando-se que cerca de três mil trabalham clandestinamente, o que está a criar conflitos com outras comunidades provenientes da União Europeia.

Em Fevereiro deste ano, o jornal Voz de Galicia dava conta da existência de 40 mil portugueses a trabalhar diariamente na Galiza, sendo que cerca de 20 mil já são mesmo residentes. Os melhores salários na Galiza - cerca de 45% superiores aos praticados no Norte de Portugal -, são o principal motivo na base do êxodo, a que se somam os elevados índices de desemprego a Norte do Tejo. A taxa de desemprego portuguesa atingiu, no último trimestre, um valor recorde, pulando para os 8,4%.

A Espanha vence pela proximidade, mas é apenas um dos destinos de um número cada vez maior de portugueses - jovens licenciados ou indiferenciados -, que partem à procura de trabalho que aqui não encontram ou de melhor remuneração para tarefas pouco qualificadas. A Inglaterra (que atrai mais a emigração qualificada), a Holanda (para o trabalho sazonal), a Alemanha e, recentemente, a Irlanda (para as actividades fabris), são os países eleitos.

O fenómeno recente da emigração portuguesa, que despontou em meados dos anos 90, está a acentuar-se nos últimos anos, embora não haja dados oficiais. "Como estamos num espaço comum, não há registos obrigatórios e só 90% dos emigrantes é que se registam nos consulados", disse ao DN o porta-voz do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. Um inquérito do Instituto Nacional de Estatística apontava um êxodo superior a 20 mil por ano, enquanto associações cristãs no terreno apontam a saída de 100 mil nos últimos três anos.

Se nos jovens licenciados as razões da emigração se prendem, regra geral, com a falta de oportunidades de trabalho satisfatório, nos trabalhadores pouco qualificados, a emigração crescente relaciona-se com a feroz concorrência que estão a sofrer dos imigrantes oriundos do Brasil, da Ucrânia, Roménia, Moldávia e dos PALOP. Tanta oferta de mão-de-obra - os imigrantes legais estimam-se em 500 mil - para trabalho pouco qualificado está a exercer uma pressão de baixa nos salários. E os portugueses procuram mercados onde o trabalho é mais bem pago.

Mas a ilusão de um melhor salário está, em muitos casos, a ter um sabor amargo. Somam-se os casos de exploração da mão-de-obra portuguesa, em condições de quase escravatura, em países como a Espanha e a Holanda e de agressões de índole racista no Reino Unido ou na Irlanda. |


OS "ENGENHEIROS" SOCIAIS TÊM QUE EXPLICAR MUITO BEM COMO É QUE VÃO OBTER A COESÃO NACIONAL E SOCIAL COM METADE NOS NOSSOS ACTIVOS EMIGRADOS, E OS SEUS SUBSTITUTOS BARATOS IMIGRATES LEGAIS , ILEGAIS E TODAS AS SUAS FAMÍLIAS DEPENDENDO DA SEGURANÇA SOCIAL.
VÃO FICAR COM UM BOM NOME NA HISTÓRIA DE PORTUGAL VÃO... TRAIDORES!

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