Friday, May 18, 2007

SÁ FERNANDES E O CUSTO DO SEU PESSOAL

O gabinete de José Sá Fernandes custava ao orçamento da Câmara Municipal de Lisboa 20 880 euros por mês. Com 11 pessoas, das quais nove assessores técnicos, uma secretária e um coordenador de gabinete, auferindo salários mensais entre 1530 euros e 2500 euros, o ex-vereador do BE “tem rigorosamente o que nos foi dado pela Câmara”, garante Carlos Marques, o responsável do BE que negociou com a presidência da autarquia o número de assessores para aquele vereador. Sá Fernandes vai defender amanhã, na apresentação da candidatura à edilidade, a necessidade de “moralizar” a contratação de assessores.
Carlos Marques confirma os onze nomes referidos na lista de assessores do vereador do BE, a que o CM teve acesso, e frisa que, desse total de pessoas, “nove são assessores contratados, três a tempo inteiro e seis a tempo parcial”, entre os quais ele próprio. Como “as propostas que são discutidas na Câmara são as mesmas para todos os partidos”, este responsável do BE considera que “está certo que tem que haver assessores, o que não está certo é que isto seja um regabofe”.

Por isso, admitindo que foi ele próprio quem perguntou a Carmona Rodrigues e Fontão de Carvalho quais os critérios para a contratação de assessores, Carlos Marques deixa claro que os ex-presidente e ex-vice-presidente da autarquia disseram que Sá Fernandes podia ter “entre cinco e seis assessores, duas secretárias, um motorista para o vereador, um motorista para o gabinete e um contínuo, e era tudo a recibo verde”.

Com base naquela autorização da presidência da autarquia, o responsável do BE diz que Sá Fernandes, tendo seis assessores contratados a tempo parcial, “cumpre rigorosamente” a indicação de Carmona Rodrigues e Fontão de Carvalho. E sobre os salários, explica que “eles disseram-me [Carmona e Fontão] que o critério de pagamento era 2500 euros, três mil euros ou três mil e tal euros, porque tem que se contar que são pagos 12 meses e não 14 meses”, mas “nós não temos ninguém a ganhar três mil euros”.

Como “tem que haver critérios para a contratação de assessores”, segundo Carlos Marques, o BE defende que cada partido tenha cinco assessores (economista, jurista, urbanista, coordenador e comunicação), acrescido de mais um assessor por vereador a mais, para haver proporcionalidade face ao volume de trabalho. Sá Fernandes vai defender amanhã a “moralização” da autarquia nesta área.

CANDIDATURA AVANÇA

O Bloco de Esquerda (BE) apresenta amanhã a candidatura do independente José Sá Fernandes à Câmara de Lisboa, depois de falhadas as expectativas para uma coligação à esquerda. “Já temos a lista praticamente feita e entregaremos na segunda-feira dentro dos prazos normais”, afirmou Pedro Soares. Já Francisco Louçã admitiu mesmo que o BE ponderou abandonar uma candidatura própria para facilitar um movimento conjunto entre Sá Fernandes e Roseta. O ex-autarca terá feito contactos directos também com António Costa (PS) para esgotar todas as possibilidades.

APONTAMENTOS

CÂMARA PEREIRA

O Partido Popular Monárquico (PPM) vai concorrer às eleições intercalares para a Câmara de Lisboa com uma lista encabeçada por Gonçalo da Câmara Pereira, que se propõe “moralizar a sociedade lisboeta” e retomar projectos de Pedro Santana Lopes, anunciou ontem o próprio à Lusa.

SONDADOS

O presidente da associação política Renovação Comunista (RC) reuniu-se ontem ao final do dia com Helena Roseta para analisar uma eventual participação dos renovadores na sua candidatura. Paulo Fidalgo admitiu que “poderá haver” elementos da área da RC nas listas da candidata.

SEM NEGÓCIO

A arquitecta Helena Roseta recusou ontem qualquer negociação com o Bloco de Esquerda. Pedro Soares, do BE, reiterou à Lusa que “chegou a estar agendada uma reunião com Helena Roseta”, mas “foi desmarcada [quarta-feira] à noite”.

MANUEL MONTEIRO

O candidato à Câmara de Lisboa pelo Partido Nova Democracia (PND), Manuel Monteiro, assumiu ontem “uma candidatura de ruptura” e defendeu que “nem mais uma pessoa” entre para o quadro de funcionários da autarquia. A sua prioridade é “dizer o que está bem independentemente de quem gostar ou não de ouvir”.

INCÓGNITA

O nome de Maria José Nogueira Pinto, ex-vereadora do CDS-PP, tem sido aventado como apoiante de várias candidaturas. Mas a ex-autarca não integrará qualquer lista. Contudo, nos bastidores da política, corre o rumor de que poderá dar um sinal de apoio a António Costa, num registo de proximidade com o projecto e não com o PS. Porém, a própria recusa: “Por enquanto não quero falar sobre a Câmara Municipal de Lisboa.”

CONTRATO PRESTAÇÃO SERVIÇOS - 11 PESSOAS

Nome - Função/Origem/Contrato - Categoria/Vencimento (euros)

Alberto José de Castro Nunes - Assessor (50%) Renovação - 1.530,00

Ana Rita Teles do Patrocínio Silva - Secretária (100%) Renovação - 2.000.00

António Maria Fontes da Cruz Braga - Assessor (50%) Renovação - 1.530,00

Bernardino dos Santos Aranda Tavares - Assessor (100%) Renovação - 2.500,00

Carlos Manuel Marques da Silva - Assessor (50%) Renovação - 1.530,00

Catarina Furtado Rodrigues Nunes de Oliveira - Assessora (100%) Renovação - 2.500,00

Maria José Nobre Marreiros - Assessora (50%) Renovação - 1.530,00

Pedro Manuel Bastos Rodrigues Soares - Coordenador do Gabinete (50%) Renovação - 1.730,00

Rui Alexandre Ramos Abreu - Secretário (100%) Renovação - 2.000,00

Sara Sofia Lages Borges da Veiga - Assessora (50%) Renovação - 1.530,00

Sílvia Cristóvão Claro - Assessora (100%) Renovação - 2.500,00
António Sérgio Azenha/C.R. com Lusa

NO TEMPO DA OUTRA SENHORA -AQUELE TENEBROSO FASCISMO- O PRESIDENTE DA CÂMARA ERA NOMEADO, LISBOA NÃO ESTAVA A CAIR AOS BOCADOS, E HAVIA TUDO O QUE NÃO EXISTE HOJE QUE SE LIMITAM A EMPREGAR ESCANDALOSAMENTE TODOS OS AMIGOS POR CONTA DO ORÇAMENTO DA CÂMARA.É NATURAL QUE DEPOIS DE ALOJAREM OS AMIGOS EM BAIRROS SOCIAIS QUE NADA PAGAM OU QUASE NADA OS LISBOETAS PAGANTES ESTEJAM PELOS CABELOS FARTOS DESTE REGABOFE PARASITÁRIO!E CORRUPTO!

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