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Grupo da Al-Qaeda ameaça franceses após eleição de Sarkozy

As «Brigadas Abu Hafs al-Masri», um grupo que se reclama da Al-Qaeda, ameaçou fazer «uma campanha jihadista sangrenta» em França após a eleição do «sionista» Nicolas Sarkozy para a presidência, num comunicado divulgado esta terça-feira na Internet.
«Agora que escolheram Sarkozy, o cruzado e o sionista sedento do sangue das crianças, das mulheres e dos idosos muçulmanos (...), advertimo-vos que os próximos dias verão uma campanha jihadista sangrenta e uma guerra sem perdão na capital de Sarkozy», escreve o grupo numa «mensagem ao povo francês» subscrita pelas «Brigadas Abu Hafs Al-Masri - Divisão Europa».

«Sarkozy tem também sede de pôr em prática a missão dos seus senhores na Casa Negra (referência à Casa Branca)», adianta o comunicado, cuja autenticidade não pode ser estabelecida com certeza.

As «Brigadas Abu Hafs al-Masri» reivindicaram os atentados de Londres (7 de Julho de 2005) e de Madrid (11 de Março de 2004), assim como o duplo atentado em Istambul em Novembro de 2003.

O grupo ameaçou ainda a Europa com atentados em Agosto de 2004. Na altura, os países europeus foram intimados a parar de «agredir os muçulmanos e de se imiscuírem nos seus assuntos internos», em troca «da paz».

No entanto, o grupo também declarou ter estado na origem de cortes de electricidade nos Estados Unidos, que se provou resultarem de problemas técnicos.

A última mensagem atribuída ao grupo é de 16 de Julho de 2005, quando deu um prazo de um mês às nações europeias para retirarem as suas tropas do Iraque, sob pena de novos atentados.

Abu Hafs al-Masri era o nome de um chefe da Al-Qaeda que combateu no Afeganistão, onde morreu em Outubro de 2001.