Muçulmana portuguesa denuncia "islamofobia" em França
Portuguesa nascida em França perdeu a fé na religião cristã quando foi vítima de violência doméstica.
Por Lusa
'Shérine' é o nome de conversão de Cristina Gomes, filha de pais portugueses e nascida em França há quase 27 anos. Shérine usa o niqab, o véu que deixa apenas visíveis os olhos, e abraçou o Islão há dois anos, tal como mais dois irmãos.
"Os meus pais aceitaram porque o meu irmão tinha aberto o caminho. Mas, é verdade que, ao princípio, o meu pai ficou desiludido porque dizia que não serviu de nada ter-nos educado com a fé cristã porque a acabámos por trocar. Só que não era a nossa escolha, submetemo-nos simplesmente à religião que eles nos deram", conta.
Aos 15 anos, Cristina tinha pensado em ser freira, passou mesmo algum tempo num convento e usou a touca de freira, "como hoje usa o niqab", precisa. Leu "a Bíblia, os Evangelhos, o primeiro e o segundo testamento", mas tinha muitas dúvidas que se acumularam quando foi vítima de violência doméstica durante o primeiro casamento, tendo deixado de acreditar em Deus.
Casou muçulmana
"Quando comecei a interessar-me pelo Islão, voltei a acreditar em Deus". E foi como muçulmana que voltou a casar, garantindo que não foi o segundo marido que a influenciou porque se convertera um ano antes de voltar a dar o nó.
A jovem, residente na periferia de Paris, é taxativa quando afirma que "há imensa islamofobia em França", garantindo que "não se sente em segurança", por exemplo, quando vê a circular mensagens nas redes sociais para "espancar as mulheres que usem véu".
A culpa, diz, é dos meios de comunicação social que "exageram", levando a que os franceses ponham "toda a gente no mesmo saco".
"Não se deve misturar o que se passa com muçulmanos em outros países com o que se passa em França. Se todos os muçulmanos fossem como os 'media' os mostram, a França já teria sido atacada há muito tempo e a sharia' [lei islâmica] já estaria cá. Há bons e maus muçulmanos como há bons e maus cristãos, judeus, ateus ou ortodoxos", completa.
Convidada a ir para a Síria
QUANDO A COISA ACELERAR VAI HAVER MUITOS FOGUETES FESTIVOS POR ESSA EUROPA FORA...E CLARO QUE OS NOSSOS INTERNACIONALISTAS QUEREM FICAR "IN"...
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