Sunday, June 30, 2013

Ó MOITA O CARDEAL É MAÇON?OU É POR TER TIDO O SECRETÁRIO GAY?PELOS VISTOS O NÃO FAZER NADA ACERCA DO ABORTO E DO CASAMENTO PANELEIRO FOI UM "AVANÇO" PARA A ICAR...

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Até sempre, Cardeal

D. José Policarpo parte e deixa atrás de si uma imensa obra. Quer como Cardeal, quer como Professor
Por:Francisco Moita Flores, professor universitário



Vivemos num país onde se instalou uma cultura do maldizer. Produzir um elogio torna-se quase uma coisa rara, reconhecer os méritos de alguém, quase uma blasfémia contra a corrente que exacerba a culpa, que humilha e despreza o Outro.
Não é um sinal dos tempos. É um sinal de ausência de autoestima coletiva e individual, de uma pobreza cultural e espiritual histórica fundada no egoísmo e no desejo de sobrevivência medíocre em que os valores da alteridade, do reconhecimento, do aplauso remetem para o universo dos mitos e ignoram aqueles que contribuíram para o crescimento e valorização do nosso país. Não duvido, por isso, que por estes dias, serão mais as páginas dedicadas às férias de Ronaldo e de Irina do que aquelas que vão reconhecer a figura deste grande homem da Igreja que se despediu com humildade do Patriarcado de Lisboa.
D. José Policarpo parte e deixa atrás de si uma imensa obra. Quer como Cardeal, quer como Professor. Um sábio, ousado e honrado homem da tolerância e do respeito pelos outros, firme nas suas convicções e corajoso nas decisões e nas palavras. Deixa a função num momento particularmente difícil da Igreja no quadro europeu e do país. A idade manda mais do que a vontade dos homens.
O mesmo aconteceu com Bento XVI. Mas não posso deixar de sublinhar o desprendimento ao poder, a humildade com que o entregou ao seu sucessor e a disponibilidade para continuar, dentro das suas capacidades, para servir e realizar a vocação que abraçou há mais de cinquenta anos: servir a sua Igreja para assim servir as suas gentes. A nossa gente.
Eu sei que não é possível confundir as estruturas de pensamento de um religioso com alguém que se dedicou à política e à causa pública. São naturezas e objetivos diferentes, embora as finalidades sejam as mesmas. Servir a comunidade, acrescentando-lhe bens de conforto materiais e espirituais.
Servir com desprendimento, servir com a generosidade de quem se entrega por paixão à nobre arte de saber ajudar os outros. Talvez haja no mundo da política, e de outros poderes que nasceram para servir os cidadãos, quem tenha aprendido o valor simbólico deste desprendimento de D. José Policarpo. Nem que seja só meia dúzia, valeu a pena. Por mim, deixo-lhe um abraço de saudade e gratidão.
Até sempre, Cardeal!

ESPERA-SE QUE O NOVO CARDEAL CUIDE MELHOR DO SEU REBANHO TRESMALHADO POR QUEM O DEVIA CONDUZIR...SEM ESQUECER QUE EMBORA SEJAMOS (NO UNIVERSO) TODOS FILHOS DE DEUS ELE É RESPONSÁVEL PELAS OVELHINHAS DENTRO DE FRONTEIRAS DEFINIDAS

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