António Costa: "Temos muito a aprender com os emigrantes"
"Os emigrantes portugueses venceram contra tudo e contra todos, são um grande exemplo, temos muito, em Portugal, a aprender com eles", disse ao Expresso em Paris o presidente da Câmara de Lisboa.
Discursando numa animada festa para celebrar a República portuguesa, ontem, na Câmara de Paris, António Costa, disse sentir "um grande orgulho pelo respeito, admiração e consideração que Portugal tem em França graças aos seus embaixadores excecionais, que são os portugueses que aqui trabalham".
António Costa dirigia-se desse modo à plateia que encheu por completo, com várias centenas de pessoas, o imenso e belíssimo salão nobre da Câmara de Paris para assistir a uma gala organizada em conjunto por associações da comunidade portuguesa e pelos municípios das duas capitais.
"Uma mais-valia para Portugal"
Em declarações ao Expresso, o autarca lisboeta acrescentou que os emigrantes e seus descendentes "representam uma mais-valia para Portugal não apenas devido às remessas, mas também em termos económicos porque há muitas empresas criadas por eles que investem no nosso país".
"Os portugueses, de França e de outros países, fizeram um percurso excecional: em apenas 40 anos, venceram contra tudo e contra todos, tenho um imenso orgulho pelo que eles fizeram e fazem, eles devem inspirar-nos porque são um grande exemplo e temos muito, em Portugal, a aprender com eles neste momento difícil que atravessamos", explicou António Costa.
"Eles encontraram forma de resolver os problemas, seguiram em frente e nós temos todos, em Portugal, de olhar para os bons exemplos", sublinhou.
Contra apelos à emigração
Sobre os apelos à emigração, da parte do primeiro-ministro e do Governo português, disse que "o futuro de Portugal não está na saída dos melhores para o estrangeiro".
"Pelo contrário, acho que precisamos deles, da geração muito qualificada que temos, é um desperdício deixá-los sair, precisamos deles", acrescentou.
"O futuro não está na emigração", rematou.
João Gil e Ramiro Naka durante a sua atuação ontem na Câmara de Paris
"Calor popular"
Na festa, na Câmara de Paris, participaram entidades oficiais dos dois países e diversos artistas - Camané, João Gil, Ramiro Naka (guineense), Dan Inger (lusodescendente residente em Paris), entre outros.
Pelos diversos salões da Câmara (um "bufete-cocktail" foi oferecido no fim da gala pelo município parisiense em mais duas salas imensas contíguas ao salão nobre), cruzaram-se diversas gerações de portugueses e de franco-portugueses, dirigentes associativos, animadores culturais e famílias inteiras.
Hermano Sanches Ruivo, autarca socialista na capital francesa e principal impulsionador da gala que se realizou pelo segundo ano consecutivo, disse ao Expresso que foram enviados 650 convites e que "todos responderam presente". "Não podíamos convidar mais pessoas devido às possibilidades logísticas do local" explicou.
Quem seguiu as comemorações do 5 de outubro, em Lisboa, notou a diferença de ambiente. "Foi extraordinário o que aqui vi hoje em Paris, o calor popular que, segundo vi e li, não se sentiu em Portugal nas recentes comemorações", comentou o cineasta Mário Barroso, residente em França e ex-exilado político.
"Esta festa é um símbolo"
"Além da comemoração da República, esta festa é um símbolo, porque é o reconhecimento pela França da importância da comunidade portuguesa neste país", explicou Sanches Ruivo.
Parece justo realçar o simbolismo também noutro aspeto. Na Câmara de Paris estiveram ontem emigrantes e franco-portugueses que são hoje empresários de sucesso e intelectuais, mas também trabalhadores da base social, incluindo porteiras.
Todos eles são oriundos da primeira geração que viveu os anos iniciais em França, no fim da década de 1960 e parte dos anos 1970, em bairros de lata. Na altura, todos viviam numa pobreza extrema em Portugal, muitos deles eram analfabetos e quando chegaram a França não sabiam dizer uma palavra em francês.
Hoje, os portugueses de França e os seus descendentes são um mosaico complexo de mais de um milhão de pessoas presentes em todas as camadas da escala social francesa.
Remessas de 2,5 mil milhões de euros
Na Câmara, alguns agradeciam à França ter-lhes dado condições para evoluírem pessoal e profissionalmente, resolvendo os graves problemas que encontraram nas suas vidas.
Os autarcas franceses de Paris, esses, faziam exatamente o contrário: agradeciam-lhes pelo contributo que eles deram à França. "Obrigado pelo que fizeram e fazem pela França, esta Câmara estará sempre aberta aos portugueses", disse na tribuna uma adjunta do presidente, Bertrand Delanoë.
Os emigrantes portugueses do mundo inteiro enviaram para Portugal, em 2011, cerca de 2,5 mil milhões de euros, sendo a maior fatia proveniente da França. Estimativas oficiais apontam para um crescimento das remessas no decorrer deste ano.
Ó COSTA FALA LÁ COM OS TEUS AMIGOS XUXAS FRANCESES.PARA COPIAREM A TUA LEI DA NACIONALIDADE.ASSIM TALVEZ A "NOSSA" DIFERENÇA SE DECIDA POR UMA "SEGURANÇA SOCIAL" MAIS GENEROSA DO QUE A DA TUGALÂNDIA, EM AVANÇADO ESTADO DE FALÊNCIA...
CLARO QUE NÃO CONVÉM EXPLICARES AOS INDÍGENAS BRANCOS EM PARIS DE FRANÇA QUE MUITOS PARA LÁ FORAM PORQUE NESSA DE "O MUNDO SER AGORA UM SÓ" DEPOIS DAQUELA TUA COSTELA DE DESCOLONIZADOR E DE ENTREGA DE TUDO O QUE TINHA PRETO E NÃO ERA NOSSO LEGALIZASTE E NACIONALIZASTE TUDO O QUE NOS ESCOLHEU E QUE TRABALHAVA MUITO MAIS BARATINHO DO QUE O INDIGENATO.PORQUE TINHA LOGO GARANTIAS DE CASA SOCIAL E OUTROS APOIOS DADOS GENEROSAMENTE E QUE EM POUQUINHOS ANOS NOS ENCHEU DE AFRICANIDADE ALIÁS SEMPRE ENRIQUECEDORA.E AINDA ENCHE...PORQUE ACIMA DE TUDO O QUE É PRECISO É MUITOS "PRIMOS" QUE VOTEM BEM...
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