Wednesday, December 23, 2009

AFINAL ERA UMA LUTA ENTRE PRETOS E BRANCOS, QUE PERDERAM NA SECRETARIA OBVIAMENTE













Testemunhas do Noite Branca acusados de extorsão e segurança ilegal
00h30m
ANTÓNIO SOARES E NUNO MIGUEL MAIA
Escutas são prova contra familiares de segurança morto em onda de violência na noite do Porto.




Testemunhas do homicídio de Ilídio Correia receberam agora acusação do Ministério Público.


Extorsão, coacção, ameaças, agressões e segurança ilegal. O Ministério Público (MP) imputa estes ilícitos aos irmãos Correia, rivais do designado "gangue da Ribeira", cujo julgamento por homicídio está a terminar no Porto.

Em causa nesta acusação da responsabilidade da equipa especial para a investigação da violência na noite do Porto estão vários casos de intimidação de inimigos e elementos ligados ao submundo do tráfico de droga.

Acusados estão 12 indivíduos e uma empresa proprietária da discoteca "La Movida", no Porto. Além dos três irmãos - também conhecidos como "grupo de Miragaia" e por serem as principais testemunhas da "Noite Branca", com leitura de acórdão do caso de homicídio marcada para 19 de Janeiro -, são acusados outros indivíduos colaboradores em alegados casos de extorsão; empresários que contrataram serviços de cobranças; e vigilantes. Várias situações foram arquivadas pelo MP por falta de provas de vários ilícitos, como associação criminosa.

Em concreto, entre os casos relatados pelo MP está aquele que é conhecido como o que deu início às desavenças com o grupo de Bruno "Pidá": a exigência de cinco mil euros a um indivíduo conhecido por "Pirinhos". "Pirinhos" - protagonista de um rocambolesco episódio de agressões em Espanha (ver ficha na página ao lado) - foi alvo de várias abordagens e mesmo agressões.

Mas o que deu origem a este processo por processo por extorsão foi um episódio de exigência de 50 mil euros a um indivíduo conhecido por João "Passa Fome", dono de um stande de automóveis no Porto. O caso aconteceu já depois da morte de Ilídio Correia, o segurança assassinado a 29 de Novembro de 2007, em Miragaia, no Porto.

Alegadamente, os irmãos da vítima pensavam que aquele empresário, em tempos conotado com tráfico de droga, teria emprestado viaturas ao "grupo da Ribeira" e estaria a financiar a defesa de Bruno "Pidá". Vários casos de intimidação estão relatados no processo, mas "Passa Fome" - que entretanto denunciara a situação à Polícia Judiciária - nunca chegou a pagar aquela quantia.

Outro episódio já narrado na primeira acusação do caso "Noite Branca", e também incluído neste processo, é o da exigência de 35 mil euros a um indivíduo residente no Bairro do Aleixo, também conotado com o tráfico.

Aquela verba destinar-se-ia a compensar os estragos num Mercedes alvo de tiros na noite de 27 de Novembro de 2007, supostamente da autoria do grupo da Ribeira, liderado por Bruno "Pidá".

Segundo o Ministério Público, as presumíveis manobras de intimidação daquele indivíduo e da irmã terão passado por vários contactos com o próprio, mas também com a família. Há inclusive o relato de um tentativa de atropelamento à filha, de 15 anos. Mas também neste caso não foi entregue qualquer quantia.

Para a prova neste processo foram fundamentais escutas telefónicas efectuadas aos irmãos Correia e outros implicados já durante os anos de 2008 e 2009. O à-vontade evidenciado nas conversas por telefone permitiu reunir indícios de várias abordagens a empresários devedores de dinheiro a outros empresários.

O indivíduo a quem a equipa liderado pela procuradora Helena Fazenda imputa mais ilícitos vai responder por seis crimes de extorsão, cinco de coacção agravada, dois de ofensas corporais, dois de ameaças e dois de segurança privada ilegal - num total de 17 crimes.

Como testemunhas (agora) de acusação surgem Bruno "Pidá", "Pirinhos" e vários empresários da construção civil alegadamente vítimas de extorsão e coacção, no caso de cobranças difíceis.

Todos os arguidos estão em liberdade, mas o MP refere a possibilidade de promover a aplicação de medidas de coacção mais graves. Os suspeitos podem agora requerer abertura de instrução para tentar evitar ida a julgamento.

Testemunha da Noite Branca

José P. foi, segundo a acusação do Ministério Público (MP), uma das vítimas do "grupo de Miragaia". Mais recentemente, José P., conhecido por "Pirinhos", viria a tornar-se de novo vítima, desta feita num violento sequestro e agressão, que começou em Vigo, na Galiza, e terminou em Vidago, mais de dez horas depois. Por razões ainda em investigação pela Polícia Judiciária, José P. foi violentamente agredido pelos homens que o sequestraram e abandonado junto ao seu carro, que foi também incendiado. No Verão de 2007, José foi também vítima, segundo o MP, por ter recusado serviços de segurança que lhe foram oferecidos por um dos irmãos Correia. José P. foi testemunha no julgamento do assassinato do segurança Ilídio Correia, que decorre no Porto. A protecção contra a ameaça que constituiria um indivíduo conotado com o tráfico custaria cinco mil euros. A quantia teria que ser obrigatoriamente paga, com ou sem serviço prestado. A alternativa seria a represália física, o que esteve para acontecer, no "River Caffé", uma discoteca do Porto, e que aconteceu mesmo, no exterior da discoteca "La Movida".

Líder dos Superdragões

Outra das vítimas referenciadas pelo Ministério Público é Fernando Madureira, líder dos Superdragões, claque do F.C. Porto, desta feita por ameaças e tentativa de agressão. O caso a que o MP alude terá ocorrido em meados de Agosto do ano passado, também no interior do "La Movida", na zona industrial do Porto, por volta das quatro da madrugada. Madureira foi atraído ao piso superior da discoteca, onde já se encontravam dois dos irmãos Correia e dois outros indivíduos. Por razões não explicadas, um dos irmãos terá de imediato tentado agredir Madureira, que se esquivou e fugiu, misturando-se entre os clientes do estabelecimento. Mesmo assim, ainda ouviu uma ameaça de morte.

Suspeito de tráfico foi alvo

Outro caso de extorsão diz respeito a um conhecido comerciante de automóveis da região do Porto que está actualmente detido por tráfico. Este caso aconteceu no início de 2007 e nele aparece também Ilídio Correia, que viria a ser abatido a tiro meses mais tarde, na série de assassinatos relacionado com a violência na noite do Porto. Segundo o Ministério Público, Ilídio e um dos seus irmãos entraram num dos standes do referido comerciante. Ilídio ter-lhe-á apontado uma navalha de ponta-e-mola e exigido 50 mil euros por um alegado serviço de segurança prestado. Recusou pagar, mas dois meses depois seria de novo abordado, numa rua do Porto, por um dos irmãos Correia que de novo exigiu os 50 mil euros, ameaçando-o de morte se não pagasse. As ameaças ter-se-ão repetido noutras ocasiões.

"Cobranças difíceis"

O grupo de Miragaia está também acusado de vários crimes de extorsão e coacção relacionados com "cobranças difíceis", actividade que, segundo o MP, terá iniciado em meados de 2008. Vários empresários com dificuldades em cobrar dívidas terão recorrido aos seus serviços. Muitas são as situações referenciadas pelo MP, envolvendo largos milhares de euros, sobretudo no ramo da construção civil. Pelos serviços de "cobranças difíceis", o grupo cobraria uma percentagem elevada da dívida em causa. Num dos casos, essa percentagem chegou aos 30%. A cobrança passaria por várias formas de intimidação, sobretudo ameaças de morte, repetidas até que a pessoa em ca usa pagasse. Num dos casos referenciados uma das vítimas, assustada, deslocou-se até um posto da GNR, em Gaia, o que não impediu, que o grupo, desde o interior de um automóvel, continuasse a ameaçá-lo de morte.

EMPREENDEDORISMO EM MATÉRIA DE DROGA É O QUE MAIS POR AÍ EXISTE NOS QUE NOS VIERAM ENRIQUECER...MAS COMO SÃO RAÇA PROTEGIDA...
QUEM TIVESSE SIDO "INFORMADO" SÓ PELOS JORNAIS QUASE DE CERTEZA QUE NUNCA DEDUZIRIA QUE HAVIA PRETOS METIDOS AO BARULHO.ERA TUDO "NACIONAL".O POLITICAMENTE CORRECTO FAZ MUITO BOA CENSURA...

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