Este grupo, considerado perigoso, tem ligações a um outro, que durante anos também se dedicou a sequestrar e a roubar dinheiro e droga a traficantes e compradores de droga. Actuavam a partir de bairros da Amadora, até que a PJ os prendeu. Mas mantiveram contactos no exterior a partir da cadeia – e os sequestros continuaram, com outros elementos.
VÍTIMA ABATIDA E CORPO REGADO A GASOLINA
Em Fevereiro deste ano, o CM noticiou a detenção de um grupo de onze homens, que se dedicava igualmente à prática de sequestros de traficantes de droga para pedirem resgates às famílias. Uma das vítimas do gang acabou mesmo por ser abatida a tiro – e, após regarem o corpo com gasolina, ainda lançaram fogo ao cadáver, isto depois do pedido de resgate ter sido denunciado à Polícia Judiciária.
A investigação da PJ aponta para que, passados nove meses, os dez homens, que foram ontem detidos na sequência das buscas domiciliárias nos bairros da Quinta da Princesa e da Jamaica, no Seixal, estejam ligados ao grupo que em Fevereiro foi julgado no Tribunal da Boa-Hora, em Lisboa. Tudo passa por conversas e instruções dadas da cadeia para o exterior.
"AQUELES BAIRROS DEVIAM SER DESTRUÍDOS"
Durante todo o dia de ontem, a megaoperação da Direcção Central de Combate ao Banditismo da PJ, com a cooperação do GOE e Corpo de Intervenção da PSP, dominou as conversas no Seixal. O CM falou com vizinhos dos bairros problemáticos da Jamaica e Quinta da Princesa e todos foram unânimes: "Aqueles bairros deviam ser destruídos." Vários problemas são apontados, como o uso de armas, o tráfico, consumo de droga e os roubos. "Quantas vezes somos acordados com os tiros que eles mandam. São um verdadeiro desassossego. Não fazem aqui falta nenhuma."
SAIBA MAIS
ASSOCIADOS AO TRÁFICO
Jamaica e Quinta da Princesa são dois dos bairros mais problemáticos da Margem Sul do Tejo. Localizados no concelho do Seixal, respectivamente nas freguesias do Fogueteiro e Amora, estão associados ao tráfico de droga.
UMA VERDADEIRA RIQUEZA.EM MULTIPLICAÇÃO RÁPIDA...
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12 Dezembro 2008 - 00h30
Rapto - o queixoso da operação da PJ é Olavo F., um barão da droga
Preso paga resgate de amigo traficante
Velho conhecido na Judiciária, Olavo F. é um dos grandes traficantes de curta estadia na cadeia. Ainda nos anos 90, até ser apanhado pela primeira vez, era a irmã quem lhe trazia heroína de Roterdão, Holanda, onde vivia. Iolanda tinha ligação directa aos turcos – grandes fornecedores. Só que uma década depois foi um turco a tramar Olavo.
Roubou-lhe 300 mil euros, em 2006, em vez de lhe arranjar droga. E o dinheiro não era de Olavo – era de um grupo de investidores a exigir tudo de volta. Montaram uma armadilha em Alcântara, Lisboa, raptando-o com mais quatro amigos traficantes para bairros no Seixal, Margem Sul. A sorte foi o chefe de Olavo, a partir da cadeia, mandar pagar o resgate.
Anteontem, Olavo, o "queixoso", conforme consta no processo, levou a megaoperação da Direcção Central de Combate ao Banditismo – com mais de 240 homens, entre inspectores da PJ e agentes do GOE e Corpo de Intervenção da PSP, conforme o CM avançou ontem – para mais de 40 buscas nos bairros da Jamaica e Quinta da Princesa, Seixal.
O objectivo era prender 11 dos 14 suspeitos de rapto e tráfico de droga que há dois anos mantiveram em cativeiro outros cinco traficantes, durante três ou quatro dias. Separaram-nos em caves dos dois bairros, onde chegaram de olhos vendados e foram espancados. Só lhes deram a água e comida indispensáveis – e as celas de 50 a 60 metros quadrados, com grades de ferro improvisadas, eram guardadas por cães perigosos.
Os "queixosos", recorde-se, caíram nesta armadilha por terem sido atraídos a um falso negócio de droga. E não se queriam queixar à PJ – foi a namorada de um, assustada, a dar o alerta. A sorte de Olavo e amigos foi o seu líder, que curiosamente está preso por rapto a outros traficantes. Soube de tudo dentro da cadeia e ordenou para a rua que os 300 mil euros fossem pagos aos raptores. Isto porque tinha sido ele a indicar o negócio que falhou com o turco. Foram soltos.
VÍTIMA É TIO DE HOMICIDA CONHECIDO
Olavo F., que foi apanhado na armadilha de outros traficantes a quem devia 300 mil euros, é tio de Jaime Santos – acusado em 2004 por um homicídio macabro, em Sintra, também relacionado com guerras nos negócios de droga. O que restava do corpo de Hary Neto, a vítima, foi encontrado a boiar em ácido, num bidão – e a cabeça nunca foi encontrada. Por isso o Supremo já anulou uma sentença da Boa-Hora, que condenou o homicida, e mandou agora repetir o julgamento – sem cabeça não há provas sobre a causa da morte. Quanto a Olavo, está livre da cadeia desde 11 de Dezembro de 2003: saiu por excesso de prisão preventiva em mais um processo de tráfico.
GANG É OUVIDO HOJE EM TRIBUNAL
"Partiram-me a casa toda por dentro e, como se não bastasse, ainda me levaram o filho", conta ao CM José Teixeira, pai de Francisco, um dos 11 suspeitos detidos anteontem na sequência da megaoperação da PJ nos bairros da Quinta da Princesa e da Jamaica, no Seixal. Seis respondem por rapto e cinco por tráfico de droga.
O morador do bairro da Quinta da Princesa esteve ontem durante todo o dia à porta do Tribunal do Seixal à espera que o filho fosse ouvido por um juiz. "O meu filho só foi detido por causa de uns telemóveis roubados", acredita.
Os suspeitos chegaram ao tribunal às 11h00, mas só começaram a ser ouvidos sete horas depois, por volta das 18h00. Têm idades entre os 25 e 45 anos e são de origem africana. No grupo está uma mulher, mãe de uma criança de poucos meses, que ficou com familiares depois de os pais terem sido detidos.
À hora de fecho desta edição, os 11 detidos continuavam a ser interrogados pelo juiz.
LANÇARAM FOGO A CADÁVER
Quem mandou pagar o resgate de 300 mil euros para soltar Olavo F. foi um dos 11 homens que estão presos, em Lisboa, precisamente por também eles raptarem traficantes de droga. Atacavam em 2006 e chegaram mesmo a matar: sabiam que Silvino Santos ia fechar um negócio de droga, pelas 22h30 de 1 de Agosto, numa rua de Lisboa. Avançaram o líder Fábio, o ‘Assombroso’, Felisberto, Gilberto e Hamilton. Fábio de caçadeira de canos serrados, os outros de bastões. Apanharam-no à pancada e enfiaram-no na mala do BMW. Foi fechado num armazém em Algueirão, Mem Martins, e o resgate era de 15 mil euros. A mulher não pagou até dia 4 e, nessa manhã, levaram-no à mata do Cassapo, Caparica. A vítima ajoelhou-se, deram-lhe um tiro de caçadeira no pescoço e regaram o corpo com gasolina. Por último lançaram fogo ao cadáver.
PORMENORES
ATRASO
Os detidos estiveram sete horas à espera para ser ouvidos, devido à complexidade do processo.
DESEMPREGADOS
Os moradores anteontem identificados pelas autoridades não têm qualquer ocupação profissional.
PERIGOSOS
É DESTA RIQUEZA QUE NOS TÊM ANDADO A INUNDAR.IMPORTARAM UMA VERDADEIRA GUERRILHA ESTES EX-DESERTORES E ANTI-COLONIALISTAS.O IMPÉRIO LÁ FORA ERA MAU, MAS AGORA CÁ DENTRO E POR NOSSA CONTA É BOM.SE É ASSIM NISTO NO RESTO DA GOVERNAÇÃO PODEM ESPERAR SENTADOS ATÉ AO AFUNDANÇO COMPLETO DE PORTUGAL.PORQUE ESTES GAJOS SÃO DOIDOS E INCOMPETENTES.SÓ SE GOVERNAM.
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