PCP defende o muro de Berlim e a RDA contra a "campanha anticomunista"
Depois da "anexação" da RDA veio a ofensiva contra os trabalhadores, o avanço do fascismo e o risco de guerra
Adeus Lenine jamais. A construção do muro de Berlim teve "um carácter defensivo", "foi a resposta a constantes provocações" e "um incontestável acto de segurança e de soberania". Foi assim que em artigo publicado no jornal "Avante!", o PCP denunciou a "campanha anticomunista de intoxicação da opinião pública" que decorre "a pretexto da passagem dos 25 anos sobre a chamada 'queda do muro de Berlim'".
Em primeiro lugar, o PCP considera que "mais do que a 'queda do muro de Berlim' [sempre referida entre aspas] o que as forças da reacção e da social- -democracia celebram é o fim da República Democrática Alemã (RDA), é a anexação (a que chamam 'unificação') da RDA pela República Federal Alemã (RFA) com a formação de uma 'grande Alemanha' imperialista, é a derrota do socialismo no primeiro Estado alemão antifascista e demais países do Leste da Europa e, posteriormente, a derrota do socialismo na URSS".
Os comunistas portugueses recordam as suas memórias felizes da RDA que "pelas suas notáveis realizações nos planos económico, social e cultural e pela sua política antifascista e de paz, impôs-se e fez-se respeitar no concerto das nações como Estado independente e soberano e tornando-se, depois de anos de duro combate, membro de pleno direito da ONU (1973) em simultâneo com a RFA".
Para os comunistas portugueses, a construção do muro em 1961 justificou-se "pelo seu carácter defensivo": "É um episódio histórico que se situa num tempo de agudíssima confrontação anticomunista, visando, de acordo aliás com a estratégia de 'contenção do comunismo' proclamada pelo presidente dos EUA Harry Truman, a subversão dos países socialistas". O muro de Berlim "é um produto da 'guerra fria' - desencadeada pelo imperialismo ainda em plena 2.a Guerra Mundial com o criminoso lançamento da bomba atómica sobre Hiroshima e Nagazaqui" e "é a resposta a constantes provocações na linha de demarcação entre a parte Leste e Ocidental da cidade e reiteradas violações de soberania da RDA, no coração de cujo território se encontrava Berlim".
AS COISAS ESTÃO MELHORES? E depois da queda do muro o mundo não ficou mais seguro nem mais pacífico, defende o PCP: "Ao contrário do que então foi apregoado por um capitalismo triunfante, a 'queda do muro de Berlim', a anexação da RDA, as derrotas do socialismo no Leste da Europa, não contribuíram para a segurança e a paz na Europa e no mundo. Pelo contrário".
Para os comunistas, a consequência da queda do muro de Berlim e da "destruição da RDA" é "a violenta ofensiva com que os trabalhadores estão hoje confrontados e que ameaça o mundo com uma regressão social de dimensão civilizacional (...) o avanço do fascismo, o perigo de uma nova guerra de catastróficas proporções".
PS
OLHEM QUE OS CHINESES TAMBÉM SÃO COMUNISTAS.E SÃO AGORA OS "NOSSOS" MONOPOLISTAS...
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