Sunday, October 26, 2008

SEM ELES FICAMOS POBRES...

26 Outubro 2008 - 00h30

Sacavém: Marco Vaz foi morto na Quinta do Mocho
Presos homicidas de guerra de gangs
Dez homens armados invadiram uma casa na Quinta do Mocho, Sacavém, para matar Marco Paulo Vaz. Aos 2o anos. Fizeram-no sangrar com várias pedras da calçada, por fim foi abatido com dois tiros de caçadeira à frente da mãe, avô e irmãos, na madrugada de 17 de Agosto. Os assassinos fugiram do bairro mas continuam a viver de roubos violentos e, apurou o CM, a PJ já apanhou quatro. A secção de homicídios foi buscar o último a casa na terça-feira.




A guerra de cabo-verdianos com angolanos já era antiga no bairro. Depois de mais uma troca de tiros naquela noite, os primeiros conseguiram ferir rivais a tiro e os segundos vingaram-se com um cabo-verdiano morto à queima-roupa. A PJ ainda não foi buscar o atirador mas há nove homicidas em co-autoria – quatro deles já recolheram à cadeia por outros processos.

Primeiro, três deles optaram por se esconder da PJ na zona da Ericeira – mas o refúgio não durou mais de três semanas. Longe dos amigos e família na Quinta do Mocho, começaram a assaltar à mão armada até ao dia em que foram apanhados, em flagrante, pela GNR de Mafra. Entregues à secção de roubos da PJ de Lisboa, recolheram em prisão preventiva por assaltos mas já são arguidos pelo homicídio de Marco Paulo Vaz.

A PJ continuou a investigação e, conforme o CM avançou no final de Agosto, um dos fugitivos era procurado desde 22 de Fevereiro – a noite em que tinha assaltado um café em Camarate à mão armada. Um cliente do café O Brasileiro escondeu-se na casa de banho, armado com a sua pistola, e António David Patriarca, encostado ao balcão, correu atrás. Abriu a porta, mas o homem que ali se refugiava pensou ser um dos assaltantes e abateu-o com um tiro.

O gang fugiu com o dinheiro roubado mas a PJ apanhou três em poucos dias – só faltava ‘Flaide’. Continuou a viver do crime na zona de Sacavém e foi um dos dez que invadiram a casa de Marco, em Agosto, para o matar. A secção de homicídios foi buscá-lo terça-feira e fica preso.

NOITE DE RIXAS, TIROS, VINGANÇA E HOMICÍDIO

Na noite em que foi assassinado, Marco Vaz tinha ido com o irmão mais novo – Adilson, de 17 anos – a uma discoteca improvisada. Aí, uma rixa entre Marco e outro jovem do grupo da Quinta do Mocho levou o jovem depois assassinado a chamar amigos do gang do bairro da Bogalheira (onde Marco viveu e com quem mais se dava). Estes chegaram ao local em dois carros e, sem parar, dispararam vários tiros de caçadeira, fazendo sete feridos entre os rivais. Marco e o irmão fugiram, deixando para trás os feridos pertencentes ao grupo rival. Sedentos de vingança, os membros do gang da Quinta do Mocho perseguiram-nos até casa: invadindo-a, fechando a mãe de Marco no quarto e assassinando-o (à pedrada e a tiro) à frente do irmão Adilson, na cozinha da casa.

"AINDA O VI SAIR DE CIMA DO MEU FILHO"

"Ainda o vi sair de cima do meu filho com a espingarda." Foi assim que Benvinda Pereira, mãe de Marco, relatou ao CM o breve frente-a-frente que teve com um dos homicidas. E ainda descreveu o assassino: baixo, coxo e com tranças no cabelo. Grande parte dos dez suspeitos foi identificada logo pela PJ, que depois – e ainda agora – tratou de reunir prova. O próprio Marco andava em dívida para com a Justiça portuguesa: tinha ido para França trabalhar – para junto do pai – quando estava proibido de sair do País por ser arguido em vários roubos violentos. Tinha de se apresentar semanalmente à PSP.

PORMENORES

CAÇADEIRA ENCONTRADA

A PJ foi buscar ‘Flaide’ a casa na terça-feira. Tinha uma caçadeira e ficou preso à guarda do processo do assalto ao café de Camarate, em Fevereiro. É arguido na morte de Marco Vaz.

PRESOS DESDE AGOSTO

‘Baca’, ‘Guaraná’ e ‘Paulinho’ foram os primeiros do gang a serem apanhados, pela GNR, em Agosto.

SEIS ELEMENTOS EM FUGA

O homem que deu o tiro fatal em Marco e cinco cúmplices continuam a monte, mas a PJ tem este caso controlado.

ESTES "PORTUGUESES" VALEM O SEU PESO EM OURO.E AI DE QUEM DUVIDE DO SEU PATRONO O GRANDE AFRICANIZADOR SÓCRATES...

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