Segurança
Um crime violento por hora em Lisboa
PSP de Lisboa ficou com mais 600 mil pessoas para proteger, mas o número de agentes pouco aumentou.
A reorganização territorial dos dispositivos da GNR e da PSP atribuiu a esta última mais cerca de 600 mil pessoas na área metropolitana de Lisboa e esta herança não foi acompanhada com o correspondente aumento de meios materiais e humanos
Nos primeiros seis meses deste ano - antes da onda de violência do Verão - foram cometidos na Grande Lisboa 4417 crimes violentos - um em cada hora -, sendo a esmagadora maioria roubos na via pública (2806) e roubos por esticão (1280).
Os assaltos às bombas de gasolina triplicaram, passando de 9 para 27 e os roubos a estações de correio quadruplicaram, passando de 2 para 9. Houve ainda 86 pessoas agredidas violentamente, 96 roubos a motoristas de transportes públicos, 31 casos de raptos, sequestros ou tomadas de reféns, 18 homicídios, 36 violações e 15 assaltos a bancos.
Os alertas já tinham sido lançados. "A Polícia está sem meios para combater um aumento da violência", dizia no início do ano, em entrevista ao Expresso, Jorge Resende, presidente do Sindicato dos Oficiais da PSP e comandante operacional da divisão de Loures, a maior do país.
A reorganização territorial dos dispositivos da GNR e da PSP atribuiu a esta última mais cerca de 600 mil pessoas na área metropolitana de Lisboa e esta 'herança' não foi acompanhada com o correspondente aumento de meios materiais e humanos.
"Estamos a tomar conta das áreas sem as condições mínimas", admitia Resende. "Vários estudos internos apontavam para a necessidade de mais 2000 agentes, com estas novas áreas, e vieram 425", contava.
Para a Polícia, o resultado está à vista: aumentou quase para o triplo o crime violento na área do Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) no primeiro semestre deste ano.
Segundo estatísticas oficiais da PSP, em que é comparada a evolução da criminalidade com as novas áreas adicionadas e sem estas, verifica-se um aumento de crimes violentos de 17,3%. Mas, sendo retiradas as novas zonas, seria apenas de 6,4%.
Na criminalidade global participada, a tendência foi semelhante. Sem as novas áreas, haveria uma subida de 15,4%. Com as novas áreas foi de 28%.
A reorganização territorial ficou concluída em Abril deste ano e a PSP ficou com a competência sobre freguesias, que eram da GNR, que abrangem vários bairros problemáticos, principalmente na zona oriental de Lisboa, concelho de Sintra e na margem sul.
Os crimes que mais aumentaram nos primeiros seis meses deste ano foram os roubos, as agressões e as violações.
Está previsto para o próximo ano a contratação de mais 1000 agentes para a PSP. O concurso para a selecção dos candidatos está a decorrer neste momento.
O Expresso contactou o comando-geral da GNR para saber qual tinha sido a evolução da criminalidade nas suas áreas de competência neste primeiro semestre, comparando com o período antes da reorganização territorial, mas não obteve resposta.
Recorde-se que o principal objectivo do Governo para esta nova distribuição do dispositivo das polícias no território nacional era uma maior eficácia no combate ao crime.
Criminalidade
17,3%
foi quanto aumentou o crime violento na área metropolitana de Lisboa este ano
4417
foi o total de crimes violentos que aconteceram nos primeiros seis meses deste ano
2806
foram roubos violentos na via pública
O MIGUEL SOUSA TAVARES QUE O DIGA.E AINDA FALTA A FASE DOS "INDÍGENAS" ESTRANGEIROS REIVINDICAREM A DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS...
E JÁ SABEM EDUQUEM BEM AS VOSSAS FILHINHAS NO SENTIDO DE ACEITAREM CASAR-SE COM A DIFERENÇA.SERÁ A PROVA DE QUE O QUE ANDARAM A PROPAGANDEAR FOI DITO COM SENTIMENTO...
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