Sunday, October 12, 2008

ESTÃO ACIMA DA LEI

O FLAGELO DO PATERNALISMO

É possível tratarmos os imigrantes como pessoas? É possível e desejável. Pelos vistos, não é frequente. De um lado, há os que os utilizam para expiar culpas diversas. Falo do PNR e rapaziada adjacente, que ainda há pouco penduraram um cartaz em Lisboa, no qual uma ovelha branca (a patriota) expulsava a coice as ovelhas pretas dos baixos salários, da criminalidade, do desemprego, etc. (as estrangeiras).

Como costuma suceder com as pândegas do PNR, o cartaz começou por passar despercebido. E só não acabou assim graças a um zeloso vereador, que forçou a respectiva retirada e, por via da óbvia censura, deu ao episódio a notoriedade que o partido, sozinho, manifestamente não alcança. É escusado perguntar porque é que o zelo do vereador não se aplica a cartazes menos subtis na propaganda de ideologias assassinas. A verdade é que o sr. Sá Fernandes não teria publicitado tanto a causa "nacionalista" (?) se descesse os Restauradores de camisa negra e braço estendido. Ao encher-se de cautelas para com a sensibilidade dos imigrantes, o sr. Sá Fernandes prejudicou-os mais que os xenófobos encartados.

Não é invulgar que isto aconteça. Há dias, uma reportagem na SIC mostrou uma escola dita de "risco", repleta de filhos de imigrantes ou de portugueses vindos das ex-colónias. A SIC visava glorificar os esforços de "integração". Na realidade, exibia os seus imensos preconceitos: os professores tratam os alunos (adolescentes) da maneira jovial e tonta com que se trata deficientes mentais; os alunos, que cantaram para as câmaras um rap de louvor a criminosos, usam capuz nas aulas; as aulas de informática incluem a escuta de mp3; etc. No final, os meninos receberam a visita do prof. Cavaco numa cerimónia típica do Terceiro Mundo.

Terceiro Mundo, de facto: no respeito pela "cultura" original das crianças e no desrespeito pela sensatez. Vítimas do desmesurado amor face ao "outro", aquelas crianças não são vistas como seres humanos, mas como cobaias de uma pedagogia da tolerância que, à força de as "compreender", impede-as de progredir. E a escola, qualquer escola, é só um exemplo. Patrocinada pelo Estado, há por aí toda uma indústria do género, que integra associações, técnicos de "inserção social" e quem se empenhar em submeter estrangeiros "problemáticos" à regra do menor denominador comum e à miséria certa.

A autêntica integração, evidentemente, é o oposto. Conforme inúmeros imigrantes demonstram, consiste na assimilação dos valores "genéricos" da sociedade que os acolhe, no reconhecimento de padrões mínimos de civilidade, na presunção de direitos e deveres idênticos aos dos autóctones. A direita "nacionalista" sonha em retirar-lhes os primeiros, o "multiculturalismo" isenta-os de cumprir os segundos. Ambos lutam para que eles não sejam gente. A propósito da questão racial nos EUA, o historiador Gerald. L. Early lembrava recentemente que a história da integração foi, muitas vezes, a história da destruição de vidas através da bondade, do paternalismo e da caridade. Early não é um "supremacista" do KKK: é preto.

Quarta-feira, 8 de Outubro

QUE EU SAIBA AINDA TEMOS FRONTEIRAS E NÃO SOMOS OBRIGADOS A ACEITAR QUEM AQUI SE INTRODUZA ILEGALMENTE E PASSE A RECLAMAR DIREITOS SEM DEVERES,COMO SE VÊ POR AÍ ÁS DEZENAS E DEZENAS DE MILHAR.RECUSO A METODOLOGIA QUE ANDA A SER SEGUIDA DE DAR A NACIONALIDADE A QUALQUER POBREZINHO DO MUNDO QUE AQUI SE APRESENTE.E QUANTO MAIS PERSISITIREM NESSA ASNEIRA MAIS RAPIDAMENTE VÃO TER O DESASTRE.ANUNCIDADO!

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