Sintra: Atacaram dezenas de vezes à mão armada e balearam um segurança
Juiz decide libertar assaltantes violentos
Sabiam a que horas as caixas multibanco eram abastecidas e atacavam as carrinhas de transporte à mão armada na Grande Lisboa. Sete nos últimos meses, com ameaças de morte e à média de 35 mil euros ao bolso por assalto. Quinta-feira foi o último, em Massamá, mas há uma semana, em Loures, viram testemunhas do crime e dispararam – um porta-valores da Esegur ficou ferido.
A Direcção Central de Combate ao Banditismo da PJ andava há vários meses a seguir o rasto dos quatro perigosos cadastrados, referenciados por dezenas de carjackings e outros roubos violentos. Foram buscá-los ao final da manhã da última quinta-feira a uma casa em Loures. Um atirou-se da janela do quarto andar e morreu (ver caixas) mas três foram presentes ao Tribunal de Sintra. Resultado: dois estão em liberdade com simples apresentações periódicas na esquadra e outro de regresso a casa com uma pulseira electrónica. Critério do juiz, apurou o CM: a integração social dos perigosos assaltantes, por supostamente terem emprego. Um afirmou ser barbeiro.
Provas não faltavam à Judiciária e ao Ministério Público, que promoveu a prisão preventiva para todos: foram encontrados, em buscas às casas do gang, os sacos da Esegur e, em cima de uma mesa, as notas roubadas, além das armas dos crimes. A pistola utilizada na semana anterior para atingir o funcionário da empresa de segurança numa perna tem calibre 7,65 mm – só permitido a polícias.
Também atiraram contra as pessoas que passavam na rua, por serem testemunhas. Foi atingido um funcionário da Esegur e a decisão do juiz de Sintra foi mal aceite na empresa. "É a total impunidade", lamenta ao CM um responsável. "A polícia trabalha para nada. Os juízes depois incentivam-nos a continuar." O historial de violência do gang – todos os elementos estão na casa dos vinte anos – vem de há muito. Mais de dez roubos, carjacking e dois deles terão tentado assaltar um banco no Lumiar, Lisboa.
SOLTOS EM ASSALTO A BANCO
Dois dos quatro violentos assaltantes do gang preso pela PJ e libertado pelo juiz já tinham passado pela mesma experiência há uns meses, apurou o CM junto de fonte da PSP. Estiveram envolvidos na tentativa de assalto a um banco na zona do Lumiar, Lisboa, mas falharam o alvo e foram detidos depois de uma perseguição da PSP. O roubo não foi consumado e o juiz de Instrução Criminal soltou-os. Puderam assim integrar o perigoso gang agora desmantelado pela DCCB, depois de uma pessoa ser baleada.
ATIRARAM-SE DO 4.º ANDAR
Quando os inspectores da Direcção Central de Combate ao Banditismo arrombaram a porta do quarto andar, no bairro das Sapateiras, Loures, estavam três homens no apartamento. Eram 12h30 da última quinta-feira, horas depois do último assalto. Não contavam com uma reacção imediata da PJ e dois deles só tiveram tempo de se lançar com os sacos de dinheiro pela janela. Um foi amparado na queda e logo apanhado, mas Dácifer Afonso, cabo-verdiano de 24 anos, caiu de joelhos e morreu horas depois. A PJ apanhou mais um elemento e, depois de desmantelar o gang, apresentou-os a um juiz de Sintra. Para saírem em liberdade.
PORMENORES
JULGADO POR CARTA
Um dos assaltantes vive nas Portelas de Carnaxide, Oeiras, e depois do último assalto apresentou-se no tribunal para ser julgado por condução sem carta. A PSP já tinha instruções para o deter e entregar à DCCB.
LIBERTADO HÁ MESES
Um dos elementos deste gang foi preso em Caxias há cerca de oito meses, também por suspeita de assaltos a carrinhas de valores. O juiz optou então por deixá-lo em liberdade, levando-o a integrar um novo gang – o mesmo com que atacou as últimas seis vezes.
MAS O SKIN É QUE ERA PERIGOSÍSSIMO.COM DIREITOA TRATAMENTO ESPECIAL POR UMA CÉLULA ANTI-FASCISTA.VIVEMOS OU NÃO NUMA DEMOCRACIA PLENA?
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