«Até agora, a EDP tinha de assumir a totalidade dos custos com as dívidas incobráveis. A situação vai mudar a partir de 2009. Os consumidores vão partilhar este risco com a eléctrica, avança o «Diário de Notícias». Em causa estão valores entre 0,2% a 0,3% da facturação total. Em 2007, foram 12,5 milhões de euros. »
Ora bem, elucubremos...
Em 2006, a «EDP apresentou lucros de 940,8 milhões de euros .»
No entanto, uma empresa que apresenta um tal montante de ganhos não pode assumir riscos inerentes à sua actividade. Quando existem vários milhões de anjinhos disponíveis, de carótida sempre pronta e tetinha a dar-a dar, para quê arcar com essa maçada?... Há clientes que não pagam (porque faliram, emigraram, faleceram)? Não faz mal: pagam os outros por eles.
É claro que a carneirada, por uma questão de cultura atávica, paga e não bufa. E a seguir, certamente atraídos pelo sangue na água, podemos estar seguros que acodem, em espadanante alcateia, a Banca e a Galp, para nos cobrarem os assaltos, os desvios e os precalços inerentes aos tradicionais pecadilhos dos familiares das seráficas administrações.
Ou não fosse isto o paraíso da ladroeira, em que o Estado age como se fosse uma grande empresa, as grandes empresas agem como se fossem o Estado e, todos juntos, actuam como se imperasse, à tripa forra, a pura lei do covil.
E, afinal, é só mais um item na factura - a seguir à "Contribuição audio-visual", a Taxa angélica.
Publicada por dragão em 6/15/2008 01:28:00 PM Esfinges(2) | Trackback (0)
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