Galegos criticam "facilidades" dadas a portugueses para entrar em faculdade de Medicina
03.10.2007 - 12h09 Lusa
Alunos e encarregados de educação galegos criticam as "facilidades" concedidas aos estudantes portugueses no acesso à Faculdade de Medicina de Santiago de Compostela e defendem a necessidade de lhes ser imposto um "filtro" mais apertado.
Este ano, 50 das 300 vagas para o 1º ano naquela faculdade foram preenchidas por alunos portugueses, perante a contestação dos estudantes galegos que não conseguiram entrar.
Xiana Rodriguez é espanhola, frequenta o 3º ano na Faculdade de Medicina de Santiago de Compostela e critica o facto dos portugueses não serem obrigados a fazer a prova de selectividade".
"Os portugueses entram directamente com a média do bacharelato, mas nós temos que fazer uma prova de selectividade, ou seja, um exame de todas as matérias. A nossa nota do bacharelato conta 60 por cento e a da prova de selectividade 40. Com esta prova, as médias acabam sempre por baixar e quem se safa são os portugueses", criticou Xiana.
A aluna sustenta que "os portugueses têm todo o direito de estudar" nas universidades espanholas, mas defende que esse direito também deve ser dos estudantes galegos.
O director-geral de Ordenamento e Qualidade do Sistema Universitário da Galiza, José Ramón Leis, disse que, até aqui, todos os alunos, incluindo os portugueses, tinham de passar a prova de acesso à universidade. Referiu ainda que este ano isso já não aconteceu para os procedentes da União Europeia.
"Agora, acedem directamente com o sistema do seu país de origem, mas as suas provas de admissão não são menos estritas do que as de selectividade".
Acrescentou que a UNED (Universidade Nacional de Ensino à Distância) foi encarregada pelo Ministério de Educação de Espanha de converter as notas para o sistema de pontuação espanhol e de verificar que cumprem as condições requeridas para o aceso aos cursos pretendidos.
"Mas as provas para admissão dos portugueses não são menos estritas do que as de selectividade na Galiza", ressalvou.
Os pais dos alunos galegos com notas altas e que, por milésimas, acabaram por não entrar naquela universidade em benefícios dos portugueses, não se conformam e decidiram formar uma associação para convencer a Comissão Interuniversitária da Galiza a excluir todos os candidatos a quem não foi exigida a prova de idiomas.
Como alternativa, os contestatários pediam que fossem criadas mais vagas, tantas quantas o número de estudantes europeus admitidos sem a referida prova linguística.
Dizem que não são contra a admissão de alunos portugueses mas consideram necessária a implementação de "melhores filtros", também para ser salvaguardado o futuro do Serviço Galego de Saúde, onde já se verifica um "défice" de clínicos.
A situação é reconhecida pela conselheira de Sanidade da Galiza, María José Rubio Vidal, que já advertiu que, até 2016, será necessário substituir 863 médicos em toda aquela região autónoma espanhola, que, entretanto, se reformarão.
Por isso, o Governo da Galiza quer que, até 2010, as actuais 300 vagas na Faculdade de Medicina de Santiago de Compostela aumentem para 400.
COM TANTA MASSA CINZENTA NA GOVERNAÇÃO E O AFUNDANÇO É GERAL A TODOS OS NÍVEIS.DIGAM LÁ UM SECTOR EM QUE PARA ALÉM DOS IMPOSTOS E DOS "ACOLHIMENTOS DE IMIGRANTES" SE POSSAM ORGULHAR DO RESULTADO...
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