Wednesday, September 25, 2019

CRIMINOSO É O ESPLENDOROSO "ESTADO DE DIREITO" FEITO POR ADVOGADOS FAMOSOS METER NO MESMO SACO LADRÕES DE PAIÓIS E SERVIDORES DO ESTADO CUJA PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO FOI RECUPERAR O MATERIAL ROUBADO.

Tancos
Presidente da República quer que "fique claro" que "não é criminoso"

O Presidente da República reiterou, na terça-feira, nunca ter sido informado, por qualquer meio, sobre o alegado encobrimento na recuperação das armas furtadas de Tancos, e sublinhou que "é bom que fique claro" que "não é criminoso".

"Nem através do Governo, nem através de ninguém no parlamento, nem através das chefias militares, nem através de quaisquer entidades de investigação criminal, civil ou militar, nem através de elementos da minha equipa, da Casa Civil ou da Casa Militar, nem através de terceiros, não tive", declarou Marcelo Rebelo de Sousa às televisões, à margem da Assembleia-geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

O chefe de Estado, que é comandante supremo das Forças Armadas, disse que soube que "a defesa de um dos implicados fez questão de afirmar expressamente que não envolvia o Presidente da República".


"Espero que seja a última vez que falo sobre a matéria, até porque se aguarda a todo o momento a acusação, no caso de ela existir, e o que haja a investigar contra quem quer que seja, sem qualquer limitação, seja investigado", afirmou.

O Presidente sublinhou que se trata dos "mesmos factos, os mesmos elementos", de "há três ou quatro meses, que são reapresentados".

"Mas para que não restem dúvidas, por uma questão, não só de honra pessoal, mas porque estou aqui a defender a posição de Portugal, é bom que não esteja a defender a posição de Portugal na Assembleia-geral das Nações Unidas ao mesmo tempo que surge uma vaga dúvida sobre se o Presidente é criminoso, é bom que fique claro que o Presidente não é criminoso", frisou.

A TVI noticiou hoje que o major da PJ-Militar Vasco Brazão se referiu, numa escuta telefónica, ao Presidente da República, como o "papagaio-mor do reino", que, segundo ele, sabia de tudo.

O furto de armas de guerra nos paióis de Tancos foi divulgado em 29 de junho de 2017.

Um dos arguidos do processo é o ex-ministro da Defesa Nacional José Azeredo Lopes, que está proibido de contactar com os outros arguidos, com o seu ex-chefe de gabinete e com o antigo chefe de Estado Maior do Exército, general Rovisco Duarte.

Quase três meses após a divulgação do furto das armas, a Polícia Judiciária Militar (PJM) revelou o aparecimento do material, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração com elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

O processo de recuperação do material militar levou a uma investigação judicial, por suspeitas de associação criminosa, tráfico de armas e terrorismo no furto do armamento e durante a qual foram detidos o agora ex-diretor da PJM Luís Vieira e o antigo porta-voz da PJM Vasco Brazão e três militares da GNR, num total de oito militares.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

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Tancos. Ex-chefe da Casa Militar de Marcelo sabia de tudo e mentiu

25/09/2019 07:50

Conclusão do MP baseia-se em telefonemas e SMS trocados entre João Cordeiro e o diretor da PJM, Luís Vieira. Ainda assim, ex-chefe da Casa Militar escapa a acusação.

O ex-chefe da Casa Militar do Presidente da República, tenente-general João Cordeiro, estava a par de tudo no caso de Tancos – nomeadamente, das negociações entre as chefias da Polícia Judiciária Militar (PJM) e os autores do assalto aos paióis, como também a encenação da recuperação e ‘achamento’ das armas três meses depois, na Chamusca.

Esta conclusão do Ministério Público (MP) baseia-se numa série de telefonemas e SMS trocados entre Cordeiro e Luís Vieira (o diretor-geral do PJM), apreendidos na investigação, que provam que ex-chefe da Casa Militar estava igualmente consciente de que a PJM estava a atuar nas costas da Polícia Judiciária civil e desobedecendo à ordem dada por Joana Marques Vidal, então procuradora-geral da República, que atribuíra a esta a liderança da investigação criminal. Além disso, quando mais tarde foi confrontado pelo MP sobre os factos, João Cordeiro alegou desconhecimento absoluto.

João Cordeiro só escapou a uma acusação do MP – por crimes de abuso de autoridade (sabia o que se passava e não denunciou, como era seu dever, enquanto agente do Estado) e falsidade de testemunho – por uma questão legal: são crimes puníveis com penas até três anos de prisão. Ora, emails e SMS só são admissíveis como prova no caso de crimes puníveis com penas superiores a três anos de prisão. Por isso, o MP acabou por arquivar o caso em relação ao chefe da Casa Militar de Marcelo.

Recorde-se que João Cordeiro acabaria por sair da Presidência em finais de 2017, cerca de um mês depois do ‘achamento’ das armas. A 30 de novembro, um comunicado oficial de Marcelo anunciava que João Cordeiro “cessa funções, a seu pedido e por motivos pessoais, no fim do mês de dezembro”, não deixando o chefe de Estado de elogiar a “forma excecionalmente competente, exemplar lealdade e enorme dedicação, com que [o tenente-general João Cordeiro] exerceu as suas funções, em verdadeiro espírito de serviço público”. No entanto, as razões para a súbita resignação nunca foram explicadas.

Recuperar as armas a todo o custo O MP reconstitui também o que se passou durante a visita que o Presidente fez aos paióis de Tancos duas semanas depois do assalto, que considera constituir uma prova da motivação dos arguidos e de que nunca se conformaram com o despacho da PGR para que a investigação ficasse a cargo da PJ civil, tendo gizado um plano para se furtarem à colaboração com a PJ e recuperarem por sua conta e risco as armas, custasse o que custasse.

Nessa visita, perante uma comitiva de 20 pessoas – entre as quais Marcelo, Cordeiro e Azeredo Lopes –, Luís Vieira acusou Joana Marques Vidal de ter dado um despacho ilegal, pois, do seu ponto de vista, cabia à PJM liderar a investigação. Isto apesar de a lei portuguesa ser clara: o MP (e a suas chefia, a PGR) é o titular da ação penal e, como tal, cabe-lhe decidir qual é o órgão de polícia criminal que deve fazer a investigação no terreno. Mas Luís Vieira fez mais durante essa visita: manifestou-se esperançado de que a PGR voltasse atrás nessa decisão, até porque, como afirmou, a PJ soubera três meses antes que iria haver um assalto a Tancos e não fizera nada, ficando implícita a mensagem de que, como tal, não se podia confiar nos seus investigadores para capturar os assaltantes e recuperar as armas. Luís Vieira referia-se a uma informação que chegara ao DCIAP por um informador, mas cuja investigação não seguiria em frente por o juiz de instrução Ivo Rosa ter recusado autorizar escutas a uma série de suspeitos que o mesmo indicara, por considerar que não eram factos minimamente sustentados.



Defesa de Vasco Brazão nega que Marcelo seja ‘papagaio-mor do reino’​

A TVI avançou ontem que o Ministério Público intercetou uma escuta de Vasco Brazão que foi interpretada como uma alusão ao Presidente da República. Num telefonema para a sua irmã, o ex-porta-voz da PJM - que num longo interrogatório terá denunciado a descoberta do armamento num armazém da Chamusca como uma “encenação” e que garantiu que o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, estava informado acerca disso - terá dito que também “o papagaio-mor do reino” sabia de tudo, ou seja, estava a par do encobrimento do caso. O MP, face ao contexto em que surgiam, viu nestas palavras uma referência clara a Marcelo Rebelo de Sousa.

Mas a defesa de Brazão apressou-se a desmentir esta interpretação. Também à TVI, o advogado Ricardo Sá Fernandes declarou: “Apesar de o processo ainda estar em segredo de justiça, em defesa da verdade e da honra do Major Vasco Brazão, esclareço que a referência ao ‘papagaio-mor do reino’, que consta de uma escuta de uma conversa entre o meu cliente e a irmã, está descontextualizada e não teve em mente atingir o Sr. Presidente da República. De resto, o meu representado não tem conhecimento que o Sr. Presidente da República estivesse a par dos factos relativos ao achamento do material de guerra furtado em Tancos”.

Ausente nos Estados Unidos para participar na Cimeira do Clima, Marcelo disse primeiro que “o Presidente quando está fora do país não fala sobre assuntos nacionais”. Porém, acabaria mesmo por reagir à notícia da TVI , comentando que “a única novidade” era a defesa de Brazão ter dito que o Presidente não estava envolvido. Reiterando não ter tido conhecimento do encobrimento, disse esperar ser esta a última vez que falou sobre o caso e foi taxativo: “Para que não restem dúvidas [...] é bom que fique claro que o Presidente não é criminoso”.

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Richard Nixon - "I'm not a crook"

POR OUTRO LADO NÃO SE ENTENDE BEM QUE MENTES SUPERIORES COM LARGA TARIMBA NOS MEIOS DE PROPAGANDA E POLÍTICOS EM QUE A INFORMAÇÃO É PODER DE REPENTE FIQUEM VIRGENS OFENDIDAS...
EXPLIQUEM BEM A DECAPITAÇÃO DA PJM SIM?

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