Ex-diretor geral do MAI acusado de 32 crimes
Ministério Público suspeita que João Alberto Correia liderava um esquema que terá prejudicado o Estado em quase um milhão de euros.
HUGO FRANCO
João Alberto Correia, ex-diretor-geral de Infraestruturas e Equipamentos (DGIE), foi acusado de 32 crimes de corrupção passiva. O Ministério Público considera que o ex-responsável do Ministério da Administração Interna liderava um esquema que pretendia "beneficiar empresas, empresários, arquitetos e projetistas que pertenciam ao seu círculo de conhecimentos e com os quais mantinha uma relação de amizade e de troca de favores a quem adjudicaria a realização de obras públicas promovidas pela DGIE".
Segundo as edições desta quinta-feira do "Diário de Notícias" e do "i", que revelam o teor do despacho da procuradora Inês Bonina, durante vários anos João Correia, com a colaboração dos coarguidos Albino Rodrigues e Luísa Sá Gomes, adjudicou por ajuste direto 5,9 milhões de euros em obras a empresários das suas relações pessoais, fazendo tábua rasa das "normas da contratação pública, da transparência e da livre concorrência". As suas ilegalidades terão custado ao Estado quase um milhão de euros.
O "DN" revela que um dos empresários que beneficiou do alegado esquema foi Henrique Oliveira, que partilhava com João Correia a filiação maçónica no Grande Oriente Lusitano. Terá sido por esta via que as empresas de Henrique Oliveira foram beneficiadas em dezenas de ajustes diretos decididos por João Correia.
Em contrapartida, o empresário terá pago ao ex-diretor-geral um terço do valor das obras que lhe foram adjudicadas. A acusação do Ministério Público refere que esses eventuais pagamentos foram realizados ou através de transferências ou de pagamentos de dívidas de João Correia. Daí que Henrique Oliveira tenha sido acusado de 27 crimes de corrupção ativa, um crime de participação económica em negócio e outro de branqueamento de capitais. O empresário é suspeito de ter pago cerca de 60 mil euros ao ex-responsável do MAI.
TUDO IGUAL, TUDO DIFERENTE MAS O DINHEIRINHO PARA CÁ DE QUALQUER MANEIRA...
ps
como o ministro também era maçom...
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