Presidente da junta queixa-se de "calúnias"
Carta de construtor leva a demissões no concelho de Sintra
03.09.2011 - 15:43 Por Luís Filipe Sebastião
Os autarcas do PS na Assembleia de Freguesia de Agualva, concelho de Sintra, remeteram para o Ministério Público uma carta de um empreiteiro com denúncias de alegadas despesas relacionadas com uma campanha eleitoral facturadas como obras de reparação de calçadas. A presidente e quatro eleitos daquele órgão autárquico renunciaram ao cargo.
Num email enviado à Câmara de Sintra, Sheila Sousa, eleita pelo PSD, informa da sua "renúncia do mandato de presidente da Assembleia de Freguesia de Algualva", que ocupava desde as últimas eleições autárquicas. No documento, a autarca agradece a "disponibilidade" camarária e nada adianta acerca dos motivos para renunciar ao cargo. No entanto, Sheila de Sousa afirmou à agência Lusa que renunciou na sequência de uma carta em que um empreiteiro denunciou alegadas irregularidades na relação com a junta, de maioria PSD/CDS-PP. Além da presidente, os dois restantes elementos da mesa da assembleia e outros dois eleitos também renunciaram aos cargos.
Os eleitos do Bloco de Esquerda e da CDU ameaçaram, em 12 de Agosto, apresentar uma queixa ao Ministério Público por alegadas irregularidades, com fundamento na denúncia apresentada pelo proprietário de uma empresa de construção civil. Quatro dias depois, os eleitos do PS em Agualva remeteram ao procurador adjunto no Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra uma carta da empresa Traço e Martelo, queixando-se da falta de resposta do presidente da junta de freguesia, Rui Castelhano (PSD), para a liquidação de dívidas no "montante de 10.469,34 euros".
O administrador da empresa juntou um documento que discrimina despesas de 5.641 euros de trabalhos na Avenida dos Bons Amigos; 380 euros de "jantar no restaurante Moinho Verde", em Outubro de 2010; 30 euros a título de "empréstimo" para "comprar porta-chaves que serviram de presente" para os convidados no jantar; 1625 euros pelo "fornecimento e colocação de seis placares metálicos" para "as eleições autárquicas de 2009", e ainda 1155 euros de "transporte de arquivo".
O empreiteiro recorda que "era habitual todos os trabalhos extra calçadas serem facturados como calçadas" e justifica o envio da facturação em virtude de não ter sido convidado para a empreitada a lançar para 2011.
"Isso são calúnias, são mentiras. Obviamente que a junta irá agir em conformidade legal com essas calúnias", disse Rui Castelhano, citado pela Lusa, acrescentando que "tudo o que tem a ver com empreitadas e aquisições de serviços foi alvo de uma inspecção da IGAL (Inspecção-Geral da Administração Local)", no início do ano.
Os eleitos do PS pediram, entretanto, acesso ao relatório da IGAL, onde é questionada a atribuição de uma bolsa de estudo de 3.181 euros a uma funcionária da junta de freguesia, autarca na vizinha freguesia de São Marcos, para a frequência de uma licenciatura em gestão autárquica - cuja legalidade tem sido também contestada pelos eleitos da CDU.
COMO SEMPRE VAI HAVER UMA JUSTIFICAÇÃO E O ASSUNTO VAI MORRER NA PRAIA.MAS CONVINHA IMAGINAR UMA MULTIPLICAÇÃO DESTES "PÃES" POR DEZENAS DE MILHAR E LOGO SE VIA QUAL A RAZÃO DA NOSSA FALÊNCIA.A POLÍTICA NÃO PODE SER UM NEGÓCIO, UM MEIO DE VIDA.NEM SER A FLORESTA DE EUCALIPTOS QUE TUDO SECA À SUA VOLTA.
SE OS 5 PARTIDOS TÊM CERCA DE 100000 MEMBROS PAGANTES, TÊM CERCA DE 100000 ELEITOS.TRÊS EXÉRCITOS!QUE COMO SE VÊ COMEM TUDO...E NÃO DEIXAM NADA...
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