Friday, August 19, 2011

UM EXEMPLO DE COMO "O MUNDO É UM SÓ" E POR NOSSA CONTA

Sacanas com lei
Ramiro tramou-se por não ter espelhos em casa
por Sílvia Caneco, Publicado em 19 de Julho de 2011
Roubou um passaporte para poder procurar trabalho fora de Portugal. Esqueceu-se de um pormenor importante: o homem da fotografia não era parecido com ele


Ramiro não falsificou o passaporte, limitou- -se a usá-lo e foi apanhado no aeroporto
O objectivo era nobre: Ramiro só queria sair do país, que isto de ter 21 anos, viver às custas da mãe e nunca ter conseguido um único trabalhinho nem biscate é triste. Vai nisto furtou um documento de identificação. A ideia depois era devolvê--lo ao respectivo dono, acompanhado de uma carta onde explicava porque o tinha usado. A passagem para Inglaterra já estava comprada, mas no aeroporto a coisa deu para o torto. Ramiro está na sala de audiências por um disparate que nem sequer foi cometido em seu nome, mas no de Vítor Hugo, um rapaz três anos mais velho e que, ao contrário de Ramiro, tem passaporte português.

Consta nos autos que "o passaporte suscitou dúvidas ao funcionário do aeroporto sobre o verdadeiro titular". "Notou-se logo uma dissemelhança de fotografias. A fotografia do passaporte não correspondia à imagem do senhor presente." Perante isto, Ramiro vem para a sala de audiências acusado da prática de um crime de falsificação de documento agravada. Mas é preciso que se levante e comece a falar para percebermos que afinal o crime era outro. Um homem vem acusado de um crime, chega a julgamento, expõe os factos e afinal sai condenado por outro. Enganos destes também acontecem.

"Senhor Ramiro", começa o juiz.

"Diga, diga", responde Ramiro, com a cintura das calças de ganga suspensa a meio do rabo.

"Quer dizer algo em sua defesa?"

"Não tenho nada a esconder. Já fui à procura de muitos trabalhos e ainda nada. Quis tentar a sorte noutro país e usei o documento dele."

"Dele quem?"

"Do Vítor."

"Mas quem é esse Vítor?"

"É meu primo. Estive em casa dele, vi o passaporte e tirei-o sem ele saber."

Tchan tchan tchan tchan! Afinal não houve nenhuma falsificação de documento, apenas uso de documento alheio.

Ramiro, cabo-verdiano de 21 anos, tinha demasiada urgência de sair de Portugal. Um tipo não tem trabalho e quer fazer-se à vida. Roubou um passaporte em casa do primo, ao próprio, mas esqueceu-se de um pormenor importante: Vítor Hugo até pode ser seu primo, mas pela imagem não passaria por seu irmão ou sósia. Nem sequer por aquele primo que é tão parecido com o outro que os tios passam a vida a trocar os nomes. No aeroporto, como o funcionário não sofria de miopia, astigmatismo ou qualquer outro problema de visão que não permitisse ver o óbvio, Ramiro foi logo apanhado: ou tinha passado por um extreme makeover recente ou jamais poderia ser o Vítor Hugo do passaporte.

O tribunal quer agora saber com que rendimentos vive.

"Estou desempregado."

"Há quanto tempo?"

"Nunca trabalhei. Fiz o 9.o ano e nunca consegui arranjar trabalho. A minha mãe é que trabalha para nós. O meu pai está cá, mas está preso."

O advogado de defesa tenta a absolvição, por o arguido vir indiciado de um crime que afinal não cometeu, porque nada falsificou. Podia ter tentado alterar a fotografia, mas nem isso: lá no fundo devia acreditar que podia passar pelo primo. Afinal, se é tudo sangue do mesmo sangue, devia ser tudo imagem da mesma imagem. O defensor oficioso alega ainda como atenuantes o arrependimento e o estado de necessidade que terá levado o arguido a cometer o acto ilícito. O juiz está tentado a acreditar que o crime foi cometido com um fim nobre: arranjar trabalho.

"O tribunal está em crer que foi o desespero que o levou à ilicitude."

Os sermões são reservados aos mandriões. Um rapaz não pode ser censurado por querer trabalhar.

Ramiro é condenado a 90 dias de multa, à taxa diária de cinco euros.

"Senhor Ramiro, compreendeu a sentença?"

Ramiro está aflito.

"Aaaaaaaa..."

"Terá de pagar 450 euros de multa. Se não puder, pode pedir para substituir por trabalho comunitário, o que, na sua condição, seria o ideal para si."

"Obrigado, eu só queria um trabalho para a minha vida, para ajudar a minha mãe."

Ramiro, como já se disse, não trabalha. Aliás, nunca trabalhou. Mas na leitura da sentença o tribunal considera-o "razoavelmente inserido na sociedade". Porque "tem vontade de trabalhar". Toda a gente percebe o drama de um homem sem trabalho.

PROVAVELMENTE A VIVER EM CASA SOCIAL, PAI POR NOSSA CONTA NA PRISÃO, NUNCA TRABALHOU, MAS TEM DIREITOS GARANTIDOS.PAGOS POR QUEM?
ESTE INTERNACIONALISMO É QUE AFUNDOU O PAÍS.PORQUE CUIDAR À VOLTA DE UM MILHÃO NÃO SAI BARATO...
MAS A RAPAZIADA QUE FEZ AS LEIS AFUNDADORAS LÁ NA AR "INTERPRETANDO" A VONTADE DO ZÉ POVINHO QUE ELES ACHAM QUE DEVEM SERVIR PARA DAR A OUTRA FACE E SEREM IGUAIS À AFRICANIDADE EM TUDO NÃO EMENDA A MÃOZINHA...
FOI POR ACÇÃO DESTES HUMANISTAS INTERNACIONALISTAS QUE NÃO TRATARAM DE ARRANJAR RECIPROCIDADES EM LADO NENHUM À FARTURA COM QUE DISTRIBUEM A CUIDAR DA POBREZA ALHEIA QUE INFERNALIZARAM A VIDA DOS SEUS ELEITORES.SÃO OU NÃO TRAIDORES ESTES DEMOCRATAS DA TRETA?E LEMBREM-SE AS ESCOLAS CONTINUAM A NÃO SER SEF, MAS SÓ MINISTÉRIO DAS FINANÇAS...PARA SALVAREM O PLANETA POR NOSSA CONTA...
RESTA ACRESCENTAR QUE A EXPORTAÇÃO DESTES "PORTUGUESES" PARA OS OUTROS PAÍSES DA UE NOS DEVE DAR UMA FAMA BESTIAL.É SÓ EUSÉBIOS...
DEPOIS ADMIRAM-SE DE SERMOS TRATADOS COMO AFRICANOS NA EUROPA.É O TODOS IGUAIS, TODOS DIFERENTES AO CONTRÁRIO...

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