Monday, November 5, 2018

OS INTERPRETADORES DA NAÇÃO PORTUGUESA COM VISÃO DE POETAS...

Conversa da treta
5 NOVEMBRO, 2018
helenafmatos
No desfile militar Marcelo disse aquelas coisas que se repetem há anos nestas situações e inventou um passado: “Esses heróis lutaram pela compreensão contra o ódio, pela liberdade, contra a opressão, pela justiça, contra a iniquidade, pela Europa aberta contra a Europa fechada, o mundo solidário contra o mundo dos egoísmos, das xenofobias, das exclusões.” Excluindo a parte heróica dos soldados, que obviamente não cabe discutir, esta transposição da forma como Marcelo vê o mundo em 2018 para as trincheiras de 1918 é um exercício de grande imaginação.

Igualmente interessante é que nem no discurso presidencial nem em muito daquilo que por aí se disse e escreveu sobre a participação de Portugal na I Guerra tenha sido referida a irresponsabilidade criminosa de quem então dirigia o país. Irresponsabilidade essa que atirou mal preparados e sem meios milhares de portugueses para o conflito. A operação de branqueamento das élites da época mantém-se cem anos depois. E já agora a participação portuguesa nesta guerra foi justificada pela necessidade de defender o império e defendida por aqueles que se reivindicavam depositários do verdadeiro espírito colonial. Que anos depois a agremiação se tenha dito anti-colonialista é outra conversa. Fiada.

OS TRABALHADORES BRANCOS CASEIROS AGORA SÓ QUEREM MESMO É UM CAPATAZ ESCURINHO, DE PREFERÊNCIA FILHO DE EX-GUERRILHEIRO NACIONALISTA...

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