Crime: julgamento inicia com 32 dos 53 acusados
Escrava forçada a trabalho e sexo
Primeiro arguido a ser ouvido nega ter ameaçado e privado trabalhadores de liberdade e dos respetivos salários quando os acolhia na sua casa, em Espanha
Pelo menos uma das mulheres ofendidas no caso de escravidão que começou ontem a ser julgado no Tribunal S. João Novo, Porto, foi obrigada a trabalhos forçados, mantida em cativeiro durante meses e forçada a relações sexuais com um dos intermediários da rede organizada. O abusador é um dos elementos do clã Caromão – um dos 13 grupos acusados de angariar trabalhadores agrícolas em Portugal, que eram depois explorados e mantidos em ambiente de escravatura, em Espanha.
Na acusação relativa a este clã familiar, lida pelo coletivo de juízes, a pedido do arguido Bruno Assis – a cumprir pena na Guarda –, os trabalhadores eram levados para o país vizinho por um grupo "hierarquizado e organizado". Seriam escravizados e mantidos sob intimidação e violência física, sem apresentar queixa às autoridades por medo de represálias, alimentados com "restos da comida destinada aos animais".
Na sessão de ontem, estiveram presentes 32 dos 53 arguidos. Outros seis, que integram a rede organizada, serão julgados noutra ocasião, por residirem no estrangeiro. Apenas 14 admitem prestar declarações em tribunal.
José Manuel, do clã de Mirandela, nega ter ameaçado e privado trabalhadores de liberdade ou do salário. "Nunca os impedi de nada nem fiquei com o dinheiro deles", garantiu. O agricultor admitiu que vários proprietários de terrenos agrícolas espanhóis o procuravam em busca de assalariados, já que dava guarida a portugueses desempregados, a quem cobrava 12 €/dia a troco de cama, alimento e transporte.
ENTRETANTO O INDIGENATO CHEIO DE LIBERDADES E DEMOCRACIA COMO NUNCA HOUVE VAI A CAMINHO DA ESCRAVATURA SOB A BATUTA DO "TODOS IGUAIS, TODOS DIFERENTES" E DO "TEMOS QUE RECEBER MENOS PARA OUTROS REÇEBEREM MAIS".MAS O SALAZAR É QUE ERA DITADOR...
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