Friday, February 17, 2012

COMO SE CAMINHA PARA A ESCRAVIDÃO.O IMPÉRIO ERA MAU LÁ FORA TEM QUE SER MAU CÁ DENTRO

Imigração. Projecto de mediação intercultural regressa em Março
Por Marta F. Reis, publicado em 17 Fev 2012 - 03:10 | Alto Comissariado diz que o interregno é normal. Mediadores foram para o desemprego
Imigração
No princípio, Alberto Fragoso usava o telemóvel pessoal. Depois, como as chamadas eram muitas, arranjou um só para a mediação. No final de 2011, quando chegou ao fim a primeira fase do projecto Mediadores Interculturais em Serviços Públicos, do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), ainda o manteve ligado. O guineense de 58 anos ficou desempregado e desvinculado dos centros de saúde da Damaia, Brandoa e Vendas Novas, onde nos últimos dois anos serviu de ponte entre imigrantes com dificuldades em falar português ou em situação ilegal, que ajudava a aceder aos serviços e a informar e encaminhar para que pudessem obter títulos de residência, segurança social, emprego ou habitação. Depois do projecto terminar, as chamadas continuaram a chegar, de imigrantes e de instituições. “São pessoas com necessidades, que procuram apoio e continuam a contar connosco.”

Dos 28 mediadores interculturais desde 2009 inseridos em serviços públicos ligados a saúde, habitação, segurança social, educação e forças de segurança – em Lisboa, Setúbal e Faro – 17 mantiveram-se até ao final da primeira fase. Até ontem, convidados a participar num workshop de Saúde e Multiculturalidade no Hospital Dr. Fernando Fonseca, Amadora-Sintra, Alberto Fragoso e outra colega mediadora, Ângela Semedo, desde 2010 ligada ao hospital, sabiam pouco sobre o que se iria passar a seguir. Duarte Miranda Mendes, do ACIDI, anunciou então que o projecto será reformulado em Março.

“É a única informação que temos, que será retomado em Março”, diz Alberto, que chegou a Portugal em 2003. “Apresentei o currículo, fui à entrevista. Tivemos mais de 500 horas de formação, não só em mediação intercultural, mas em psicologia e comunicação”, conta.

Agora desempregado, admite que alguns mediadores poderão encontrar trabalho e esse investimento ser desperdiçado. Mas há também uma mais-valia que se interrompe. No caso de Alberto, ainda antes de ser colocado nos centros de saúde, começou por estar no Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana de Lisboa. Fala dialectos africanos e romeno. “Quando comecei a atender na língua materna, em crioulo ou fula, era como um balão de tensão que se esvaziava. As pessoas por tudo e por nada entravam em conflito, muitas vezes só pela dificuldade de comunicação.”

Ângela Semedo, 38 anos e pós-graduada em estudos lusófonos, começou por estar num gabinete de inserção profissional no Vale da Amoreira, na Moita, até chegar em 2010 ao Hospital Amadora-Sintra. Primeiro tinha outra colega, mas entre Agosto de 2010 e o final de 2011 atendeu sozinha todos os pedidos. “A maior parte das vezes era chamada aos serviços administrativos. Os cuidados clínicos eram sempre prestados, mas depois havia a questão de saber qual era a situação do imigrante, a cobertura financeira.” Um dos casos que mais a marcou foi a de um jovem guineense de 16 anos, que veio receber tratamento em Portugal para um problema cardíaco, agravado por doença do sangue. Veio no âmbito da cooperação com os PALOP, mas estava tão mal que a família o levou para o Amadora-Sintra em vez de para o hospital de referência, que seria Santa Marta, em Lisboa. “Para um jovem sozinho, que não domina a língua, vê-se num imbróglio institucional.” Como Alberto, Ângela também está no desemprego, à espera. “Claro que há sempre os nossos interesses, termos trabalho. Mas assusta-me do ponto de vista das pessoas: são muitas as situações em que ficam perdidas.”

Clara Pais, directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde Cacém-Queluz, até Dezembro com quatro mediadores, diz que se sente a falta desta ponte que parou na fase de cruzeiro: “Era uma realidade nova e demorámos a interiorizar qual era o seu papel nos centros de saúde.”

Ângela recorda bem as primeiras barreiras, quando lhe perguntaram “o que é que está aqui a fazer?”. Alberto aponta outros investimentos: encontrar interlocutores dentro das comunidades: “Tínhamos de fazer toda uma engenharia para chegar às pessoas. Nos bairros onde mora a imigração há muita desinformação: ‘não vás, porque vais ser denunciado, diziam”.

António Carlos Silva, presidente da Associação de Jovens Promotores da Amadora Saudável, que nesta primeira fase do projecto inscreveu 14 dos 28 mediadores, sublinha que o fim do projecto estava previsto e não foram apanhados desprevenidos. Se a interrupção podia ter sido evitada? “2011 foi um ano difícil. Nós, como associação, não temos condições para manter os mediadores.”

Ontem, num esclarecimento ao i, o ACIDI informou que este interregno é normal e que este era um projecto-piloto, que terminava em Dezembro. Dado o seu sucesso, está em fase de concretização uma nova candidatura a fundos comunitários para assegurar uma segunda fase, em articulação com associações de migrantes e com um papel importante das autarquias. Contará com 20 mediadores, menos oito. Adianta ainda que dos 17 mediadores, nove obtiveram avaliação positiva e transitarão para a nova fase.

A COMISSÁRIA, O ACIDI, A LEI DA NACIONALIDADE E IMIGRAÇÃO, OS "ACORDOS" TÊM QUE SER EXTINTOS/REVISTOS POR ISSO DE CONTINUARMOS A TER O "IMPÉRIO" NA DESAPESA TAMBÉM NÃO DÁ...
JÁ VAMOS NUM 10000000 SEM QUE NINGUÉM EXPLIQUE PORQUÊ E PARA QUÊ.E NEM OS "TRABALHADORES" E OS SEUS "REPRESENTANTES" SE QUEIXEM.O QUE É CURIOSO...
PORTANTO AQUI PODEM CORTAR À VONTADE.TUDO!DISPENSAMOS A AFRICANIZAÇÃO DEPOIS DA DESCOLONIZAÇÃO...
QUANTO CUSTAM OS "TRATAMENTOS" AO SNS?QUANTOS DOENTES "REGRESSAM"?QUANTOS SIDOSOS TRATAMOS?QUANTAS CASA SOCIAIS, PENSÕES E OUTROS SUBSÍDIOS SÃO ATRIBUIDOS?
E QUAIS AS CONTRAPARTIDAS?ACABEM COM ESTA ESCRAVATURA MODERNA INTERNACIONALISTA-HUMANISTA-MAÇÓNICA DO A CADA UM SEGUNDO AS SUAS NECESSIDADES.QUE COLOCA OS INDÍGENAS EM SEGUNDO LUGAR...
QUEM DESCOLONIZOU COMO O FEZ NÃO PODE ANDAR A COLONIZAR-NOS COMO O ESTÁ A FAZER!
DESCOLONIZEM!!!

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