Sunday, April 24, 2011

AINDA CÁ FALTAM OS INDIOS DA AMAZÓNIA...

Emprego - Comunidade em Odemira
Tailandeses no Alentejo

Por mês chegam a ganhar mil euros. Dez vezes mais do que um salário médio na Tailândia. Mas, para chegar a este número, homens e mulheres não se importam de trabalhar de sol a sol e aos fins-de-semana para ganhar horas extraordinárias.

"O objectivo da vinda para Portugal é ganhar o máximo dinheiro possível. Para eles é irrelevante se trabalham ou não ao fim-de-semana. Depois vão-se embora ao fim de dois ou três anos com dinheiro suficiente para comprar uma casa", disse ao CM Rute Silva, directora de Recursos Humanos da DFRM, agência responsável pelo recrutamento dos tailandeses, situada em São Teotónio, Odemira, que acolhe a maioria da comunidade residente em Portugal.

Os primeiros trabalhadores tailandeses – um total de seis – chegaram ao nosso país em 2007. Depressa se instalaram nesta região alentejana para trabalharem nas campanhas do morango, da azeitona, mas também no cultivo de flores, estufas e viveiros como o Bambuparque (ver caixa). Hoje, o concelho de Odemira tem uma comunidade de 400, quase todos residentes em São Teotónio. "Depois do primeiro grupo, começaram a chegar no mesmo ano outros grupos de 20 pessoas. Já chegaram a ser 465 e as empresas não param de pedir mais trabalhadores tailandeses, até porque muitas não conseguem recrutar portugueses", explicou Rute Silva.

FAZEM TODO O TIPO DE TRABALHO

O Bambuparque, considerado o mais importante viveiro de bambus da Europa, emprega quase 50 pessoas. Seis são tailandeses. "São muito bons trabalhadores. Fazem todo o tipo trabalho no campo", refere Marguerite de Oliveira gerente da empresa. Segundo esta mulher, de 47 anos, nesta sociedade não há diferenças entre os trabalhadores. "Os tailandeses fazem o mesmo que os portugueses", sublinha.

O ordenado varia consoante o número de horas. "A média é de 600 euros. Mas os tailandeses trabalham sempre mais um fim-de-semana", acrescenta. Além dos asiáticos, a empresa emprega duas mulheres ucranianas. Os restantes funcionários são portugueses, a maioria (40 trabalhadores) são mulheres.

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