Friday, March 25, 2016

CUIDEM-SE QUE A FRENTE DE ESQUERDA TEM AS PORTAS ABERTAS.E AS ESCOLAS NÃO SÃO SEF...

A nova queda de Roma
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Um amigo e jornalista espanhol, Hermann Tertsch, reproduziu nas páginas do jornal ABC do meu país um extrato de um memorável discurso proferido pelo primeiro-ministro húngaro, Victor Orbán, no passado dia 15 de março, por ocasião do aniversário da revolução de 1848. Vale a pena lê-lo. Diz assim: "A Europa não é livre, porque a liberdade começa com dizer-se a verdade. E uma mordaça é uma mordaça ainda que seja de seda. É proibido dizer hoje que somos testemunhas da chegada de refugiados e de uma migração em massa. É proibido dizer que dezenas de milhões de pessoas estão preparadas para se porem ao caminho. É proibido dizer que essa imigração traz crime e terrorismo para os nossos países. É proibido dizer que as multidões de pessoas que vêm de outras civilizações pressupõem uma ameaça à nossa forma de vida, à nossa cultura, costumes e tradições cristãs. É proibido dizer que aqueles que já chegaram antes, em vez de se integrarem criaram mundos próprios, com leis e ideias particulares que estão a destruir as estruturas milenares da Europa. É proibido dizer que isto não é acidental nem uma série de consequências não intencionais, mas antes uma campanha preparada e orquestrada para enviar para cá uma imensa massa de pessoas. É proibido dizer que Bruxelas prepara planos para trazer estrangeiros para cá e radicá-los aqui. É proibido dizer que o objetivo é mudar o mapa religioso e cultural da Europa e redesenhar os seus fundamentos étnicos, eliminando os Estados nacionais, o último obstáculo para o movimento internacional. Os inimigos da liberdade não são hoje iguais aos governantes do império nem aos do sistema soviético. Eles não nos aprisionam nem nos deportam para campos de concentração nem trazem tanques para nos ocupar. Os bombardeamentos da artilharia dos meios de comunicação internacionais, as suas denúncias, ameaças e chantagens são suficientes. Ou antes, foram suficientes até agora. Porque os povos da Europa começam a despertar. Os povos da Europa parecem por fim entender que está em jogo o seu futuro: não só a sua prosperidade, o seu bem-estar e os seus empregos como também a sua própria segurança e a ordem pacífica das suas vidas. Os povos da Europa que têm estado adormecidos pela abundância e a prosperidade perceberam que os princípios de vida sobre os quais construímos a Europa estão a correr perigo de vida. A Europa é uma comunidade de nações cristãs, livres e independentes: com igualdade entre homens e mulheres, concorrência e solidariedade, orgulho e humildade, justiça e misericórdia. Não permitiremos que Bruxelas se posicione acima da lei. Não vamos permitir que nos imponha o fruto amargo da sua política de imigração. Não vamos importar para a Hungria o crime, o terrorismo, a homofobia e o antissemitismo que queima sinagogas. Aqui não haverá bairros fora-da-lei, nem distúrbios de imigrantes, nem bandos a perseguir as nossas mulheres e irmãs. Não vamos tolerar que nos digam quem temos de aceitar no nosso lar e na nossa pátria, com quem temos de viver e partilhar o nosso país". Muitos continuarão a rotular Orbán de nacionalista, fascista e inclusive de racista. Eu creio que, basicamente, é um homem livre que libertado da tirania da correção política disse o que pensa a maioria das pessoas que ainda têm algum senso comum.

A crise dos refugiados desencadeou a orgia do politicamente correto, pôs a esquerda de novo em marcha, tirou para fora o mais asqueroso que tem nas suas entranhas, que é a sua infinita bondade, aquela que se murmura quando se toma um bom dry Martini no Hotel Ritz de Lisboa enquanto se fuma um charuto à saúde de Obama pela sua visita a Havana, mas que não olha aos dispêndios e às consequências de uma política de portas abertas como a que, num primeiro momento, a Sra. Merkel irresponsavelmente favoreceu. O acordo alcançado entre a UE e a Turquia, para fechar as fronteiras e limitar a chegada de imigrantes a troco de uma compensação económica e de outras prebendas, desencadeou a ira dos bem-pensantes. Afirmam que este pacto basicamente comercial afronta o espírito que animou os fundadores da União e desonra os valores de acolhimento e solidariedade sobre os quais se construiu o projeto europeu comum. Eu também tenho enormes dúvidas sobre o acordo, mas por razões completamente diferentes das da esquerda convencional. O meu receio é que alguma das contrapartidas aceites para solucionar o conflito, como a livre circulação dos turcos na UE, represente o perigo de ter entre nós aqueles que não partilham nem dos nossos valores nem da nossa cultura cristã, livre e democrática e que, se se comportarem de acordo com o seu credo e os seus costumes, podem aumentar os problemas que já temos com os imigrantes que vivem nas nossas vilas e cidades, tal como denunciava o primeiro-ministro húngaro.

A imoral esquerda de sempre ignora ou deprecia o problema que representa abrir as portas de par em par à imigração. É uma bomba-relógio contra o nosso Estado providência tal como o concebemos. Não é um assunto que me preocupe em demasia, pois há tempos que venho escrevendo contra um modelo que não só é financeiramente insustentável como também culturalmente nocivo. O que os venenosos esquerdistas não percebem é que esse modelo explodirá com a imigração. Os Estados providência são incompatíveis com a livre circulação de pessoas entre países se os recém-chegados tiverem acesso imediato e total às prestações públicas que oferecem os seus países de acolhimento. Quem melhor percebeu a questão foi o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, herdeiro do pragmatismo britânico, que salientou a impossibilidade de atender nas mesmas condições os recém-chegados, não apenas por razões económicas, mas também por um sentido mínimo da justiça social e do jogo de incentivos, que é a base do comportamento humano e que é
25 DE MARÇO DE 2016

Miguel Ângel Belloso

o que um socialista jamais entenderá. Os imigrantes não podem ser integrados em números na ordem das centenas de milhares dentro do Estado providência sem pôr em risco a viabilidade do sistema.

Como disse Hans-Werner Sinn, o presidente do Instituto de Investigação Económica Ifo da Alemanha e membro do conselho de assessores do Ministério da Economia, "se vamos levar a sério a livre circulação de pessoas deveríamos matar a vaca sagrada da elegibilidade imediata para receber prestações do Estado anfitrião". "Se a liberdade de circulação dentro da Europa se vai manter e se continuarem os elevados fluxos de cidadãos procedentes de fora da UE, os Estados providência europeus enfrentam uma decisão muito difícil: ajustar ou colapsar." Hoje em Espanha, e certamente em Portugal, muitas pessoas acusam os seus governos de falta de generosidade com os refugiados. Mas tais petições só seriam credíveis se os críticos, os esquerdistas, os socialistas, estivessem dispostos a dizer às pessoas que, a partir de agora, iriam desfrutar de uns serviços públicos de pior qualidade e mais congestionados. E que teriam de aumentar os impostos a fim de custear esta quota de solidariedade e de "bondade" universal; mas os impostos deles, não os dos demais ou os dos ricos, mas sim os seus próprios. Também seria muito importante que as informassem das consequências culturais de conviver nas suas vilas e cidades com uma enchente de pessoas com uma religião e uns costumes diferentes, decididas a não renunciar a eles e pouco determinadas a integrarem-se no país de acolhimento. Com o senso comum e a falta de preconceitos de que fez gala o primeiro-ministro húngaro, com os números na mão, os devaneios humanitários da esquerda não resistem nem um assalto. Refletem mais uma vez a vontade de demolir o edifício construído com perseverança e prudência pelos nossos antepassados, a vontade de voltar a ganhar a guerra que perderam quando caiu o Muro de Berlim, a ânsia de escrever de novo a história não sobre a virtude mas antes sobre a complacência, a tentativa de repetir a queda de Roma às mãos dos bárbaros.

A NOSSA RAPAZIADA ESQUERDISTA TANTO DESCOLONIZA COMO NOS COLONIZA.AGORA COM "DIREITOS" E A EITO...

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