Os cheganos não são todos iguais?
Mas porque raio um votante do Chega, só porque reside no interior alentejano, em Bragança ou em Castelo Branco não pode ser um extremista de direita, um racista como qualquer outro chegano residente nas freguesias mais costeiras ou em Mem Martins? Então agora decretam, certamente sob análise sociológica supervisionada pelo Iscte, que esses meros 10% do eleitorado de Ventura, só porque residem no interior «ah e tal, foi voto de protesto». Protesto coisa nenhuma! «Estavam abandonados, os coitados». Isso é mesmo uma visão típica de elites que não saem da toca lisboeta. Em que é que um tipo de extrema-direita, um adepto das soluções salvíficas do Ventura como o confinamento forçado por raças e etnias, de amputação das mãos para os criminosos, de mandar os pretos e demais minorias «para a terra deles» e outras javardices saídas da bocarra do ventura se distinguem entre si por morarem no litoral ou no interior? Ai coitadinhos, são do interior portanto não lêem livros, não podem ser fascistas. Desde quando para se ser fascista é preciso ler livros? Não me parece que a intelectualidade tenha sido a marca forte dos anos dourados desse movimento, e não será certamente por essa via que terá algum ressurgimento. Um gajo de Borba será tão autêntico na sua vontade de andar com o bracinho esticado, como um qualquer outro chegano mais urbano. Querer reduzir os extremistas e racistas do interior a meros velhinhos que votaram no Ventura como forma de protesto por terem encerrado o balcão dos CTT lá na vila, parece-me, sei lá, um paternalismo bacoco, a roçar o racismo. Olha, se calhar é por isso mesmo.
MAIS REVOLUCIONÁRIO QUE OS ENCARTADOS.PRONTO A CAMPOS DE REEDUCAÇÃO PARA TIRAR MASCULINIDADES TÓXICAS E OBRIGAR TODO O MUNDO A IR AO TOMAR NO CU DE UM PRETINHO QUERIDO...
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