Monday, May 29, 2017

ESTÃO LIXADOS COM OS COMUNISTAS E OS SEUS INTELECTUAIS.SE 50 MORTOS EM 50 ANOS DERAM NA LONGA NOITE FASSISTA AOS MILHARES COMO SERÁ?

As manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde 01 de abril passado naquele país da América do Sul, depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que este organismo assumia as funções do parlamento.

Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestam-se ainda contra a convocatória para uma Assembleia Constituinte, feita a 01 de maio pelo Nicolás Maduro.

Dados oficiais dão conta de que pelo menos 56 pessoas já morreram desde abril, em vários confrontos entre as forças do regime e os oposicionistas a Maduro.

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ANGOLA
"Ainda hoje tenho pesadelos com este horror" - 27 de maio de 1977 em Angola - 1ª parte da entrevista com Dalila Mateus
27 DE MAIO DE 1977 E NITO ALVES - O TABU DA HISTÓRIA DE ANGOLAO testemunho necessário das vítimas do 27 de maioFalta saber a verdade sobre o 27 de maio de 1977 em Angola27 de maio: "O Governo quer que as pessoas fiquem reféns do medo"27 de maio, as verdades que nunca mais chegam27 de maio de 1977 em Angola: "Supressão de Agostinho Neto tinha antecedentes", diz William TonetWilliam Tonet: "Os crimes nunca prescreverão"Samakuva: "Reconciliação com as vítimas do 27 de maio não foi conseguida"1ª parte da entrevista com Dalila Mateus: "Ainda hoje tenho pesadelos com este horror"2ª parte da entrevista com Dalila Mateus: "O MPLA sempre tratou os dissidentes da pior forma""A lista dos responsáveis pela repressão não tem fim" - Presidente da Fundação 27 de Maio luta contra esquecimento da violênciaA outra face de Lúcio Lara: o 27 de maio"Só pode haver reconciliação, se os que participaram nos massacres são responsabilizados", defende vítima do 27 de maio de Angola"Prendia-se e matava-se e depois nem se explicava", diz o juiz Rui Rangel sobre o 27 de maio em AngolaNito Alves: ontem e hoje"Não houve nenhuma Comissão das Lágrimas em Angola", diz Pepetela"Os camaradas eram os nossos principais carrascos", acusa sobrevivente do 27 de Maio de AngolaRealizador sofre para contar história "ofuscada" do 27 de maio de 1977Membros da polícia política de Angola também foram vítimas do 27 de maioMulheres destacaram-se na luta armada em Angola27 de maio de 1977 tematizado em Berlim27 de maio em Angola apanhou Moscovo de surpresa
No dia 27 de maio de 1977, começou um dos períodos mais negros de Angola. Neste dia houve manifestações em Luanda a favor de Nito Alves. A seguir, milhares de angolanos são torturados e assassinados.
Capa Purga em Angola de Dalila Mateus e Álvaro Mateus
Capa "Purga em Angola" de Dalila Mateus e Álvaro Mateus
No dia 27 de maio de 1977 populares manifestaram-se em Luanda a favor de Nito Alves, na altura ministro da Administração Interna e membro do Comité Central do partido no governo MPLA. As manifestações das massas foram na altura classificadas pelo Presidente de Angola, Agostinho Neto, como uma tentativa de golpe de estado.
Nos dias e meses a seguir ao 27 de maio de 1977, os apoiantes de Nito Alves, o chamados "fraccionistas", são expulsos do MPLA. Dezenas de milhares são torturados e assassinados sem julgamento.
Falamos com a historiadora portuguesa Dalila Cabrita Mateus sobre este episódio da história angolana. Ela publicou com o seu marido Álvaro Mateus o livro “Purga em Angola”, lançado em 2007 (agora na sexta edição). Neste Contraste apresentamos a primeira parte da entrevista da pesquisadora à DW.
DW África: Qual foi o episódio que mais a marcou durante as pesquisas sobre os acontecimentos de maio de 1977?
Dalila Cabrita Mateus: As entrevistas a antigos presos políticos barbaramente torturados marcaram-me particularmente. Para a minha tese de doutoramento, já tinha ouvido presos angolanos, moçambicanos e guineenses, que me contaram as torturas infligidas pela PIDE. Depois, para o livro sobre o 27 de maio, ouvi presos angolanos narrar o que sofreram nas cadeias. Ainda hoje sonho, tenho pesadelos, com este horror.
Um dos últimos presos que ouvi, depois de narrar o que lhe tinham feito, encostou-se a uma porta e da sua boca saiu um suspiro enorme. Tinha desabafado. Disse-lhe: "O senhor conseguiu, enfim, desabafar." Mas eu, que ando há anos a ouvir o sofrimento de todos os presos políticos, com quem desabafo?
A gravação e a transcrição de todas estas entrevistas estão hoje depositadas na Torre do Tombo.
DW África: Consegue resumir num minuto o que aconteceu de facto no 27 de maio de 1977?
Dalila Cabrita Mateus - historiadora portuguesa
Dalila Cabrita Mateus - historiadora portuguesa
DM: Alguns pequenos grupos armados tomaram cadeias, com o propósito de libertar gente sua que estava presa. Por exemplo o Batalhão Feminino tomou a cadeia de São Paulo. Estavam presos dezenas de elementos do grupo de Nito Alves e José Van Dunem. Eles próprios, como se comprova pela gravação escutada das emissões da rádio em Angola e por alguns testemunhos, estavam detidos.
Um pequeno grupo tomou a Rádio, com o objectivo de apelar a uma manifestação em frente ao Palácio. Dos musseques [os bairros pobres de Luanda] afluíram centenas e centenas de manifestantes, que começaram por se dirigir ao Palácio. Tendo sido recebidos a tiro, começaram a concentrar-se em frente à Rádio.
Não há, pois, qualquer golpe de Estado. O que há é uma manifestação e algumas acções militares para libertar presos e tomar a rádio. "Insurreição desarmada de massas", lhe chamou o historiador inglês David Birmingham.
O objectivo era provocar uma alteração radical da política, seguida de uma insurreição. Mas o meio era uma simples manifestação, e isso prova-se hoje através das imagens, na altura obtidas pela própria Televisão Popular de Angola.
DW África: Tomaram a Cadeia de São Paulo, a sede da polícia política DISA e a Rádio Nacional, mas não o Palácio Presidencial. Porquê uma estratégia tão mal concebida?
DM: Tomaram de facto a Cadeia de S. Paulo, mas nunca tomaram a sede da DISA. E não queriam tomar o Palácio Presidencial. "Plano louco e mal concebido", diz o historiador inglês Birmingham.
Mas não queriam realizar de facto um golpe de Estado. Confiavam na superioridade de forças que tinham, entre os militares da 9ª Brigada e na população. E nunca terão imaginado que os cubanos fossem intervir com tanques para dispersar a manifestação e tomar o quartel da 9ª Brigada.
DW África: O levantamento dos apoiantes de Nito Alves e José Van Dúnem pode ser considerado um golpe de Estado?
DM: Num golpe de Estado ou numa insurreição, toda a gente o sabe que se tomam locais, com militares e civis armados; tomam-se a Presidência e os ministérios, a polícia política, os correios e as telecomunicações, os quartéis, o aeroporto, entre outros.
Se não havia um plano para tomar nada disso e a grande acção é uma manifestação de gente desarmada, como é que se pode falar dum golpe de Estado?
DW África: Qual foi o papel dos soldados cubanos na repressão do "golpe"?
DM: Os cubanos foram mandados intervir por Fidel Castro, depois de este ter falado com Agostinho Neto. Fortemente armados e utilizando tanques, acompanharam a polícia política DISA e ocuparam a rádio, dispersaram os manifestantes e, depois, tomaram o quartel da 9ª Brigada. Quem o declara é o general cubano Rafael Moracen. Depois, os cubanos ainda colaboraram nos interrogatórios de presos.

É PÁ MAS ELES ALÉM DE APAGAREM ISTO DA FOTOGRAFIA AINDA APOIAM POR CIMA...OS MAUS MESMO E SÓ ERA O FASSISMO CASEIRO QUE OS NÃO QUERIA DE MANEIRA NENHUMA POR PERTO.POR SABER O QUE ELES QUERIAM.ENTREGAS , BANCARROTAS E DEPOIS RAÇA MISTA E POR NOSSA CONTA!

AGORA FALTA O ESTUDO DA DESCOLONIZAÇÃO DO SALVE-SE QUEM PUDER EM QUE A AMIZADE DOS POVOS TÃO APREGOADA FODEU OS BRANCOS A EITO...PORQUE O QUE IMPORTAVA MESMO ERA A SUA "PESADA HERANÇA"...

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