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Lisboa e Penela acolhem refugiados vindos do Egipto
00:05 Margarida Peixoto
São sobretudo famílias sírias. Mas também vêm eritreus e sudaneses.

Nas próximas semanas é esperada a chegada a Portugal de 45 refugiados vindos do Egipto. São “sobretudo famílias com crianças pequenas” e serão reinstalados em Penela, distrito de Coimbra, e na área de Lisboa, explicou o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, ao Diário Económico.

Estavam num campo de refugiados no Cairo “já há algum tempo” e eram esperados em Setembro, reconhece fonte oficial do SEF. Mas um problema burocrático, relacionado com a falta de vistos de saída, atrasou a viagem destes 45 refugiados (maioritariamente sírios, mas também eritreus e sudaneses) para Portugal. Resolvida a questão, são esperadas cinco famílias em Penela (21 pessoas) e as restantes na área de Lisboa.

As famílias que vão para o distrito de Coimbra terão à sua espera apartamentos autónomos e serão acolhidas com o apoio da Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, de Penela. Também o Conselho Português para os Refugiados e o Serviço Jesuíta aos Refugiados estão a cooperar no acolhimento, juntamente com o SEF e a Organização Internacional de Migrações.

O SEF explica que este processo decorre no âmbito de uma quota atribuída a Portugal em 2014 para o acolhimento de refugiados reinstalados - um mecanismo de solidariedade com os países terceiros.

A chegada deste grupo nada tem a ver com o processo de recolocação que está em curso sob liderança da Comissão Europeia. Estes refugiados não fazem parte da quota dos cerca de 4.500 requerentes de asilo que Portugal aceitou receber até 2016, para aliviar o esforço a que outros Estados-membro (Itália e Grécia) estão sujeitos devido à vaga migratória.
Sobre este processo, o SEF continua sem ter qualquer indicação de data prevista de chegada. “Já em final de Setembro, Portugal comunicou que estava pronto a participar no [projecto] piloto para acolher 50 requerentes de protecção internacional, tendo recentemente rectificado para 100 o número do primeiro grupo a ser recolocado no nosso país”, explicou fonte oficial do SEF, ao Diário Económico.

O ministro-adjunto Poiares Maduro chegou a apontar o início de Outubro como data previsível da chegada de um grupo de 35 pessoas, mas está tudo atrasado. O perfil dos candidatos a virem para Portugal ainda não foi recebido pelas autoridades nacionais e estas terão ainda de analisar cada um dos dossiers, antes de validar o acolhimento dos refugiados.

VAMOS LÁ VER SE DÃO OS 25 EUROS QUE DERAM AOS RETORNADOS E PRONTOS...