Pharol vai convocar assembleia-geral para votar processos a ex-administradores
18:01 Cátia Simões
Em causa estão acções judiciais contra alguns ex-administradores da antiga PT SGPS que estiveram envolvidos no 'default' da Rioforte.
Pharol vai convocar assembleia-geral para votar processos a ex-administradores
O conselho de administração da PHarol vai pedir ao presidente da mesa da assembleia-geral de accionistas para convocar uma reunião magna com vista a votar processos em tribunal contra alguns ex-administradores da antiga PT SGPS que tiveram relação com o 'default' de 897 milhões de euros da Rioforte.
Em comunicado divulgado na CMVM a assembleia-geral, que será convocada brevemente (ainda não há data), tem "por ordem de trabalhos a propositura de acção de responsabilidade contra todos e quaisquer administradores eleitos para o triénio de 2012/2014 e que tenham violado deveres legais, fiduciários e/ou contratuais, entre outros, quer por acção, quer por omissão, pelos danos causados à PHAROL SGPS, S.A. em consequência e/ou relacionados com os investimentos em instrumentos de dívida emitidos por entidades integrantes do Grupo Espírito Santo".
Embora o comunicado não refira que ex-administradores serão alvos de processo o Económico já noticiou que além de Zeinal Bava, antigo presidente da PT e presidente da Oi, Henrique Granadeiro, 'chairman' da PT e Luís Pacheco de Melo, administrador-financeiro, também os administradores que representavam o BES, Amílcar Morais Pires e Joaquim Goes, deverão ser processados.
O 'default' da Rioforte obrigou à renegociação do acordo de fusão com a brasileira Oi, em condições piores para a PT. O acordo voltou entretanto a ser renegociado mas a Oi acabou por vender a PT Portugal aos franceses da Altice e a actual PHarol perdeu peso na estrutura accionista. A fusão acabou por se concretizar apenas numa união de bases accionistas e a PHarol passou a ser uma sociedade gestora de participações sociais sem activos em Portugal: tem a participação na Oi, a dívida da Rioforte e opções de acções da brasileira consoante a recuperação da dívida.
Para já, não há fundamento jurídico para avançar com um processo contra Ricardo Salgado, antigo presidente do BES, como também já noticiou o Económico.
A PHarol está a tentar recuperar parte da dívida e prevê, numa perspectiva conservadora, conseguir a recuperação de 15% pelo menos. O objectivo é constituir uma comissão de credores no Luxemburgo, onde a Rioforte está em gestão controlada, algo que poderá atrasar-se até Setembro devido ao alargamento do prazo para as diferentes entidades se constituírem como credoras da Rioforte.
AS ELITES DEMOCRATAS NÃO TÊM VERGONHA PORQUE A ÉTICA É A LEI QUE ELES FAZEM...
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