Thursday, July 11, 2013

O FERNANDO DACOSTA ENXOFRE DO DIABO PARA OS INTERNACIONALISTAS COLONIZADORES DEPOIS DA ENTREGA DE TUDO O QUE TINHA PRETO E NÃO ERA NOSSO...


Ainda ninguém é tão globalizado que possa impor-se como cidadão do mundo, embora muitos se julguem, se afirmem detentores de tão excessivo cosmopolitismo.
É que todos somos "cidadãos circunstanciais", expressão de Agostinho da Silva, e é no sê-lo que "reside a nossa genuinidade", logo "a nossa universalidade".
A assunção dos caboucos (geográficos, culturais, identitários) de uma pessoa é mais-valia cuja rejeição não enobrece. O mesmo Agostinho, sempre orgulhoso da nortenha Barca de Alva (onde passara, moldara a infância), jamais desculpou aos seus amigos António Sérgio e Almada Negreiros terem vergonha de ser naturais da Índia, o primeiro, e de São Tomé e Príncipe, o segundo, jurando-se ambos alfacinhas.
O nojo pela pátria, no sentido de terra, de húmus é, aliás, pecha do nosso irremediável, incomensurável provincianismo.
Curiosíssima se torna, a propósito, a observação de Norton de Matos, amiúde lembrada pelo autor de "Conversas Vadias", sobre as raízes de cada um: "A vida de um homem deve contar-se a partir de 25 anos antes do seu nascimento, pois o ambiente em que ele nasce forma-se por uma série de acontecimentos anteriores que criam a atmosfera moral onde o seu espírito se molda e evolui."
Imersos hoje na desnatadeira da CE, vale a pena reflectir sobre temas destes a fim de não sermos liquefeitos de vez pelas maquinetas formatadoras dos tais cidadãos do mundo, isto é, cidadãos-carneiros de pastagens massificadas, que disso trata, afinal, o pomposo internacionalismo - político, económico, linguístico, artístico, informativo, cultural, educacional, intelectual, (comportamental) com que nos descaracterizam, colonizam, e (quase) imbecilizam.

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