Temos assistido a sucessivas polémicas envolvendo o nosso passado. Primeiro vimos o Padre António Vieira ser acusado de racismo. Depois foi a denúncia (por Daniel Oliveira, por exemplo) do nosso papel no tráfico de escravos e a controvérsia em torno de um hipotético Museu dos Descobrimentos. No 10 de junho de 2018 Catarina Martins disse que o Presidente tinha perdido uma oportunidade para pedir desculpa. Mais recentemente, tivemos a discussão sobre a retirada dos brasões florais na Praça do Império e sobre a figura do tenente-coronel Marcelino da Mata, considerado um herói por uns, mas acusado por Mamadou Ba de ser um “sanguinário”. Será abusivo ver em todos estes casos diferentes momentos de uma campanha para fazer de Portugal e dos portugueses os maus da fita da História?
É uma espécie de salazarismo do avesso: durante o Estado Novo, o império era o orgulho da raça. Agora, é a vergonha da raça. Em termos científicos, estão ao mesmo nível – o nível da propaganda. Que as nossas aventuras ultramarinas se fizeram com uma boa dose de violência e barbárie, eis um facto que nenhuma pessoa letrada nega. Mas reduzir o passado a isso, e apenas a isso, é uma forma de neurose histérica só pode ser cultivada por conveniência profissional ou ignorância amadora.
João Pereira Coutinho: "Há hoje uma espécie de salazarismo do avesso"
E JÁ AGORA QUANTO NOS CUSTA A COLONIZAÇÃO DE SALVAMENTO A EITO...
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