65 organizações antifascistas protestam contra conferência nacionalista em Lisboa
LUSA / 06 AGO 2019
65 organizações antifascistas protestam contra conferência nacionalista em Lisboa
Um total de 65 organizações antifascistas, 28 portuguesas e 37 estrangeiras, subscreveram um manifesto contra a “conferência nacionalista” prevista para sábado em Lisboa e lançaram uma petição pública eletrónica apelando à proibição da iniciativa.
Surgido através de um manifesto na rede social Facebook por parte da Frente Unitária Antifascista, o protesto conta com uma petição pública eletrónica “Contra a conferência Neonazi do dia 10 de Agosto em Lisboa”, que tinha reunido até hoje ao fim da manhã 3.974 assinaturas.
Os subscritores estão a promover uma concentração, que designaram de “mobilização nacional antifastista”, para sábado às 13:00, em Lisboa, no mesmo dia da “conferência nacionalista” organizada pelo grupo de extrema-direita `Nova Ordem Social´, dirigido pelo já condenado por vários crimes de índole racial Mário Machado.
“A realização, no próximo dia 10 de Agosto, em Lisboa, de uma reunião de organizações de extrema-direita da Europa, algumas assumidamente de ideologia fascista e neonazi, motivou a convocatória de uma manifestação de protesto para o mesmo dia e local por uma frente de organizações nacionais e internacionais”, refere a petição.
Dirigido ao Presidente da Assembleia da República, ao Presidente do Tribunal Constitucional, Ministra da Justiça, grupos parlamentares e direções partidárias, a petição apela para que tomem posição e impeçam a realização do encontro.
“É um grito de cidadania. O objetivo é fazer um alerta público face ao encontro de organizações declarada e abertamente racistas, cuja existência em si é uma afronta à Constituição da República Portuguesa”, defendeu o dirigente do SOS Racismo, Mamadou Ba, em declarações à Lusa.
O dirigente do SOS Racismo, que se associou ao manifesto de protesto, sustentou que “as próprias autoridades têm de atuar” e considerou desejável “mão firme, pois algumas daquelas pessoas que vão cá vir advogam a violência racial”, frisando que “o racismo é uma ideologia que mata e nenhuma ideologia que mata deve ser divulgada no espaço público”.
Pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), a dirigente Joana Sales declarou à Lusa que a sua associação subscreveu o manifesto porque “sempre luta por valores democráticos e uma manifestação neonazi não pugna por esses valores”.
“Não percebemos sequer como é que uma coisa destas é legal. Eu não sou jurista, mas o Estado não devia permitir isto, um evento de grupos que apelam diretamente à violência. Parece-me claramente inconstitucional. Estamos divulgar a iniciativa e vamos participar. A concentração está aberta a todos quantos queiram marcar presença pelos valores democráticos”, disse.
No texto da petição pública, os promotores “solicitam também que os partidos políticos tomem uma posição clara” e apelam “à mobilização de todos os cidadãos, partidos, sindicatos, movimentos e organizações para que no dia 10 de Agosto de 2019 o povo português deixe uma mensagem clara aos neonazis europeus”.
Fonte policial adiantara já à Lusa que o Serviço de Informações de Segurança (SIS) está a acompanhar “muito de perto” a “conferência nacionalista” que vai contar com representantes de partidos e movimentos europeus, estando já confirmados sete oradores: Mário Machado, Josele Sanchez (Espanha), Adrianna Gasiorek (Polónia), Blagovest Asenov (Bulgária), Francesca Rizzi (Itália), Mattias Deyda (Alemanha ), Yvan Benedetti (França).
Os organizadores da conferência nacionalista só pretendem divulgar o local do seu evento, marcado para as 14:00, no próprio dia, pelas 09:00, segundo a página do grupo de extrema-direita “Nova Ordem Social” na Internet.
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A Plataforma Femafro é uma organização de mulheres negras, africanas e afro-descendentes em Portugal formada em Fevereiro. Ainda não está oficializada, e neste momento é dirigida essencialmente pelas três activistas: além de Raquel Rodrigues, mediadora social que coordenou o grupo de mulheres imigrantes na Associação Solidariedade Imigrante, fazem parte Dary Carvalho, 23 anos, vice-presidente da associação juvenil Bué Fixe (que trabalha sobre violência no namoro, prevenção de HIV/sida, etc.), e Joana Sales, 35 anos, da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), associação de defesa dos direitos das mulheres.
https://www.publico.pt/2016/04/30/sociedade/noticia/feministas-negras-em-portugal-reunemse-em-primeiro-encontro-1730532
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sos racismo:
OS EUROPEUS PELOS VISTOS NÃO DEVEM FICAR NACIONALISTAS O QUE COMPLICARIA A VIDA DOS AFRICANOS QUE AINDA NÃO NOS VIERAM ENRIQUECER IMAGINEM.E MUITOS DOS QUAIS ESPERAM ÀS DEZENAS DE MILHAR OPORTUNIDADE DE ATRAVESSAR O MEDITERRÂNEO E SEREM SALVOS POR UMA ONG QUE SABE DONDE ELES PARTEM E OS VAI BUSCAR...PARA NÓS PAGARMOS LOGO DE SEGUIDA O ESTADO SOCIAL COMBATENTE DO RACISMO E DAS DESIGUALDADES...
PS
JÁ NÃO FALO DO RACISMO VIGENTE NOS AEROPORTOS QUE ANDAM A DIFICULTAR A VINDA DE CRIANÇAS QUE DEVEM SEMPRE CHEGAR E PASSAR PARA VENCER!E CLARO LOGO RECEBER...
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