Tuesday, October 31, 2017
PORTANTO OS PROTESTANTES DEPOIS DE PROMOVEREM OS MASSACRES DO NORTE DE ANGOLA SALVARAM ESTES COITADINHOS DA TENEBROSA DITADURA.COM UMA MÃOZINHA COMUNISTA PELO MEIO...
Operação Angola: 60 estudantes em fuga para a liberdade
31-10-2017 | Fonte: RFI
A fuga de 60 estudantes afrolusófonos de Portugal para França, em Junho de 1961, chega agora às livrarias francesas sob o título "Opération Angola" [“Operação Angola”]. Pedro Pires, antigo presidente de Cabo Verde, e Idalina Bamba participaram na evasão e contaram à RFI a viagem e o que ela representou para a história das independências.
O livro “Operação Angola”, que recorda a fuga de 60 estudantes afrolusófonos de Portugal para França, em Junho de 1961, vai ser lançado a 6 de Novembro, na livraria Jean Calvin, em Paris.
A fuga foi organizada pela associação francesa Cimade, uma agência de serviços ecuménicos da Federação Protestante de França, depois de um apelo de estudantes angolanos à Igreja Metodista dos Estados Unidos para ajudar a sair de Portugal os jovens preocupados com a perseguição da PIDE durante a ditadura.
Na fuga participaram jovens angolanos, moçambicanos, são-tomenses e cabo-verdianos, incluindo várias personalidades que se viriam a tornar altos responsáveis políticos nos seus países, como Joaquim Chissano, que chegaria a presidente de Moçambique e Pedro Pires, que seria presidente de Cabo Verde.
Pedro Pires fala-nos desta viagem secreta, cuja memória celebrou em 2011 na Cidade da Praia, pelos 50 anos da “Operação Angola: A Fuga Rumo à Luta”, começando por explicar o que motivou a evasão.
“A consciência de que era preciso uma ruptura com o colonialismo e a consciência que era preciso mostrar isso e, por fim, o desejo de participar na luta de libertação nacional que então iniciava”, contou.
Pedro Pires soube da fuga através de amigos angolanos e integrou um segundo grupo de fugitivos de 41 pessoas, depois de 19 terem passado numa primeira leva, tudo numa “organização muito sigilosa”.
A sua primeira tentativa para sair de Portugal “a salto” não resultou e teve de voltar no dia seguinte, onde entrou numa barca para atravessar o rio Minho.
“O bote, ou a barca, era qualquer coisa muito precária. Pequenino e não levava muita gente, três, quatro pessoas, não me lembro bem. Atravessámos e ficámos escondidos numa pequena mata ou numa casa de pastor ou algo assim do género”, recordou.
O antigo presidente de Cabo Verde atravessou, depois, a Espanha num autocarro Dodge porque os quatro motoristas americanos acabaram por se aperceber que seriam necessárias muitas idas e voltas para transportar 41 pessoas.
Em San Sebastián, na fronteira com França, o grupo foi detido e passou uma noite na prisão com a ameaça de ser enviado para Portugal “e ir para a cadeia”.
“A preocupação, a angústia, o medo, tudo isso junto, mas alguma esperança. Esperança que aquilo não ia dar torto e assim aconteceu. Não esperávamos que fôssemos libertados”, relembrou.
Idalina Bamba também fugiu de Portugal a salto no âmbito da “operação Angola” e integrou o primeiro grupo de 19 pessoas a deixar o país, em que só havia duas mulheres. Aos 80 anos, Idalina Bamba recordou a viagem que fez quando tinha 24 anos e estava acossada pela PIDE.
“Eu na altura já tinha sido convocada pela PIDE. O meu irmão mais novo que se encontrava em Luanda já tinha fugido para o ex-Congo belga e o meu irmão mais velho também na altura já tinha sido preso pela PIDE. Eu recebi instruções da minha família para não regressar a Angola. Por isso, estava em Lisboa mas com muito medo”, contou.
Idalina Bamba, que viria a ser directora nacional da infância no ministério angolano da Reinserção Social e coordenadora, em Luanda, do programa de desenvolvimento do fundo das Nações Unidas para a população, lembrou, ainda, como foi a travessia no rio Minho “muito mais inseguro do que na floresta”, a espera numa cabana e a chegada a França com documentos falsos.
“[A fuga] foi muito importante porque deu a conhecer a situação das colónias portuguesas, deu a conhecer a luta armada pela independência (…) Eu pergunto-me se os países que nos acolheram tomaram conhecimento da sua participação ou da sua contribuição no processo de libertação dos nossos países”, sublinhou.
A edição original do livro “Operação Angola”, em inglês, foi publicada em 2015, escrita por dois dos protagonistas da evasão secreta, Charles Harper e William J. Nottingham, dois dos pastores americanos que ajudaram os estudantes a sair de Portugal.
O documentário “Operação Angola – Fugir para Lutar”, da jornalista Diana Andringa, que conta a fuga de 1961, foi apresentado no sétimo Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que decorreu de 26 a 29 de Outubro, na Cidade da Praia, em Cabo Verde.
A ANDRINGA AINDA CONTINUA EM LUTA.SE HÁ UM ARRASTO FEITO PELOS PRETINHOS ELA APAGA-O DA FOTOGRAFIA.E AGORA OS PRETINHOS VENHAM ELES DONDE VIEREM ENRIQUECEM-NOS.EMBORA PRECISEM QUE LHES DÊEM TUDO E DE FORMA CONTINUADA...E QUEM REFILE HÁ A MODERNA LEI DOS 5 CINCO 5 ANOS DE CADEIA POR RACISMO.PAGUEM E NÃO BUFEM...
PS
PARA FORÇAS REPRESSIVAS É QUE NUNCA HÁ DESCULPA.NEM PARA MASCULINIDADES TARDIAS COMO AS DOS COMANDOS...
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